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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Bloco da Ceguinha mantendo a animação

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O Bloco da Ceguinha se reuniu na quarta-feira anterior ao Carnaval, como tradicionalmente é feito. A concentração se iniciou às 18h na esquina da Travessa do Paço com a Rua São José, no Centro da capital fluminense. Já é o terceiro ano que o evento político-recreativo-crítico-carnavalesco ocorre de maneira independente, sem nenhum apoio do sindicato. A folia rolou até as 21h. Estiveram presentes, além da classe serventuária, integrantes do Grupo de Base Inimigos do Rei (trabalhadores da Petrobrás) e Sindscope (Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II).
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O samba deste ano trouxe referências a certo magistrado que, quando parado em blitz no trânsito, deu “carteirada” e se sentiu profundamente ofendido por ter ouvido que “juiz não é Deus”. Será se negar a divindade da magistratura é crime? Já tem gente recebendo voz de prisão por cometer este “delito”… Saca só a letra:
UMA TOGA, UM DEUS: MAIS DE MIL PALHAÇOS NO SALÃO
Eu sou do chão
Eu sou do asfalto
Sou da Folia
Eu sou mais Eu
(REFRÃO)
Se usasse toga
Eu diria:
“Eu sou juiz,
Eu sou mais Deus”
Oh, seu doutor, colega do Judiciário
Queira não ser mais que os outros, se na lei diz que é igual
A roupa preta que tu vestes todo dia
É fantasia que não é de carnaval
(REFRÃO)
Prepotência não combina com alegria
Não existe autoridade nos três dias de folia
Ao faixa preta que só quer sair no braço:
Tire já a sua toga e vista a roupa de palhaço!
Como visto, há referência também a posturas truculentas de magistrados que andam ameaçando os outros de agressão. Pelo visto há muita gente achando que ser juiz é mesmo ser Deus. E os trabalhadores do judiciário estão como que condenados aos suplícios eternos em cartórios que são um verdadeiro inferno. É uma danação de processos velhos cheios de ácaros em ambientes insalubres, assédio moral como prática corriqueira, falta de servidores, privatização da força de trabalho (através da terceirização e da exploração de estagiários, com salários de fome)… No meio disso tudo, uma direção sindical submissa, trajando terno e gravata, festeja sua eleição cantando louvores ao presidente do Tribunal de Justiça, convidado especial a sua posse.
O Bloco da Ceguinha 2015 trouxe também críticas aos absurdos privilégios à magistratura: “auxílios” moradia, alimentação e educação (este último ainda não aprovado, mas que tem injustificável apoio da atual direção do Sindjustiça-RJ).
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Vamos continuar com atividades culturais contestatórias. Infelizmente a atual direção do Sind-justiça só promove eventos recreativos acríticos, ou até mesmo alienantes, como a festa junina da ABATERJ nas dependências da sede campestre do sindicato. Vale lembrar que a ABATERJ é dirigida pela magistratura e, através de ações assistencialistas, busca mascarar a exploração do Tribunal de Justiça sobre os trabalhadores. 
Vamos ficar ligados... e animados!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Confraternização de luta: Ceguinha 2015


O mal do urubu é achar que todo boi deitado é carniça. Pois é: o Bloco da Ceguinha está na área de novo.

A atual direção do Sind-justiça (sindicato dos trabalhadores do judiciário estadual) quis decretar o fim da tradicional confraternização de Carnaval da categoria, certamente por ser contra seu estilo irônico, livre, iconoclasta, e, principalmente, por suas críticas bem-humoradas ao Poder Judiciário.

Mas a Ceguinha sob nova direção continua de pé: trabalhadores independentes mantém aceso o fogo da rebeldia e, apesar de seu sindicato “conciliador” de classes, marcaram novamente o evento.

No dia 11 de fevereiro, quarta-feira anterior ao Carnaval, a partir das 18 h, estaremos nas proximidades do Boteco do Beco (Travessa do Passo, 10, esquina com a Rua São José, ao lado da lado da Assembléia Legislativa – ALERJ, Centro da cidade do Rio).

Com o auxílio luxuoso do companheiro serventuário Sérgio (da Orquestra Voadora) e seus músicos, vamos ARREPIAR!

É bem vinda toda a classe trabalhadora, do TJ ou não. Apareça!