(por: Alex Dias)
Atravessados oito meses da posse de mais um gerente de turno na casa da
injustiça, percebemos que por mais uma vez, não estranho a nossa
história, ficamos a nos inebriar com promessas vazias, esperanças
exacerbadas e na boa (ou seria má?) fé das pessoas.
Na história da luta dos trabalhadores, uma ciência, desvelam-se lutas rigorosas entre classes, trabalhadores e patrões, exploradores e explorados, opressores e oprimidos, avançando em espaços antes absolutamente dominados pelos primeiros não sem antes percorrermos longínquas caminhadas traçadas por pedras, desvios, demandando, muitas das vezes, a própria vida de parte de algumas gerações.
No entanto, já há alguns anos, inteligentemente, a parcela abastada desenhou um cenário de parceria e conciliação entre as classes impossível de se observar na prática sem que uma das partes, agora desta forma, também se veja prejudicada como antes.
Regra geral, não fugimos a essa realidade também no Judiciário, refletida de maneira clara em quase quatro anos, particularmente nos últimos meses, na relação entre trabalho e Poder.
Tivemos a certeza que o GRANDE PAI faria o que jamais FARÁ: VALORIZAÇÃO DO TRABALHO, mesmo porque, isto significa, diante de recursos que para nós sempre foram escassos, cortar na própria carne, o que não se realizará sem que tentemos coagi-los nesta direção.
Assim, para que a iniciativa de construção de privilégios e mordomias sobre a necessidade dos demais se torne algo mais fácil e rápido, uma vez que a riqueza de poucos urge, precisamos ter entre nós as escaramurças, criando herois na forma da LIGA DA JUSTIÇA, só possível em desenhos na TV. Por estas bandas, NA SALA DA JUSTIÇA, ao retirarem máscaras, CAPAS e demais adereços, encontramos SEXTA FEIRA 13, SILENT HILL, O EXORCISMO E MAIS...
Enquanto alimentamos sonhos sem qualquer esforço para isso, o que seria inédido em toda a nossa trajetória, DEMISSÕES, REMOÇÕES, REDUÇÃO DO QUADRO, PRECARIZAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO NOS CARTÓRIOS, DIVISÃO DA CATEGORIA ENTRE BENEFICIADOS E OS SEM BENEFÍCIO, A MARGINALIZAÇÃO CADA VEZ MAIOR DO ALCANCE DE RECURSOS PELOS APOSENTADOS E BICOS, MUITOS BICOS, como frágil e efêmera solução para problemas que nos afetam como categoria, aprofundando-os com saídas individuais e individualistas.
Nós não somos uma ilha. Olhemos ao redor e sejamos capazes de perceber a delicada situação por que passam os trabalhadores em mais um momento de turbulência não criada por nós, mas que necessariamente será paga por nós.
Desde 2008 que a Europa demite, demite muito, em especial funcionários públicos, reduz salários, estende períodos para a aquisição do direito à aposentadoria, reduzindo benefícios. Nós continuamos achando que vivemos numa eterna MAROLA que não se transforma em um tsunami.
Mas temos o GRANDE PAI que fará tudo diferente, não é mesmo?
Isso é problema dos outros e não nosso. Para que se preocupar?
Esqueçam!!! Estas linhas forma um pequeno lapso, uma viagem. Está tudo bem!!! Nada acontece e nada nos acontecerá!!! Afinal, a nossa fé é maior do que a dos outros. DEUS SÓ É BRASILEIRO.
(Alex Dias, trabalhador do TJ, removido e esperando seu destino como tantos outros colegas que se encontram na mesma situação)
Na história da luta dos trabalhadores, uma ciência, desvelam-se lutas rigorosas entre classes, trabalhadores e patrões, exploradores e explorados, opressores e oprimidos, avançando em espaços antes absolutamente dominados pelos primeiros não sem antes percorrermos longínquas caminhadas traçadas por pedras, desvios, demandando, muitas das vezes, a própria vida de parte de algumas gerações.
No entanto, já há alguns anos, inteligentemente, a parcela abastada desenhou um cenário de parceria e conciliação entre as classes impossível de se observar na prática sem que uma das partes, agora desta forma, também se veja prejudicada como antes.
Regra geral, não fugimos a essa realidade também no Judiciário, refletida de maneira clara em quase quatro anos, particularmente nos últimos meses, na relação entre trabalho e Poder.
Tivemos a certeza que o GRANDE PAI faria o que jamais FARÁ: VALORIZAÇÃO DO TRABALHO, mesmo porque, isto significa, diante de recursos que para nós sempre foram escassos, cortar na própria carne, o que não se realizará sem que tentemos coagi-los nesta direção.
Assim, para que a iniciativa de construção de privilégios e mordomias sobre a necessidade dos demais se torne algo mais fácil e rápido, uma vez que a riqueza de poucos urge, precisamos ter entre nós as escaramurças, criando herois na forma da LIGA DA JUSTIÇA, só possível em desenhos na TV. Por estas bandas, NA SALA DA JUSTIÇA, ao retirarem máscaras, CAPAS e demais adereços, encontramos SEXTA FEIRA 13, SILENT HILL, O EXORCISMO E MAIS...
Enquanto alimentamos sonhos sem qualquer esforço para isso, o que seria inédido em toda a nossa trajetória, DEMISSÕES, REMOÇÕES, REDUÇÃO DO QUADRO, PRECARIZAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO NOS CARTÓRIOS, DIVISÃO DA CATEGORIA ENTRE BENEFICIADOS E OS SEM BENEFÍCIO, A MARGINALIZAÇÃO CADA VEZ MAIOR DO ALCANCE DE RECURSOS PELOS APOSENTADOS E BICOS, MUITOS BICOS, como frágil e efêmera solução para problemas que nos afetam como categoria, aprofundando-os com saídas individuais e individualistas.
Nós não somos uma ilha. Olhemos ao redor e sejamos capazes de perceber a delicada situação por que passam os trabalhadores em mais um momento de turbulência não criada por nós, mas que necessariamente será paga por nós.
Desde 2008 que a Europa demite, demite muito, em especial funcionários públicos, reduz salários, estende períodos para a aquisição do direito à aposentadoria, reduzindo benefícios. Nós continuamos achando que vivemos numa eterna MAROLA que não se transforma em um tsunami.
Mas temos o GRANDE PAI que fará tudo diferente, não é mesmo?
Isso é problema dos outros e não nosso. Para que se preocupar?
Esqueçam!!! Estas linhas forma um pequeno lapso, uma viagem. Está tudo bem!!! Nada acontece e nada nos acontecerá!!! Afinal, a nossa fé é maior do que a dos outros. DEUS SÓ É BRASILEIRO.
(Alex Dias, trabalhador do TJ, removido e esperando seu destino como tantos outros colegas que se encontram na mesma situação)
