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domingo, 10 de setembro de 2017

Triste Notícia


Lamentavelmente a oficial de justiça Marcia Elisa Azevedo Barroso, profundamente deprimida, faleceu na manhã de 06/09. Trata-se da mesma servidora que já sofrera forte assédio moral por parte do Tribunal de Justiça. Esse mesmo TJ agora manifesta "pesar pelo falecimento de servidora", sem nada ter feito em sua defesa na época da opressão a ela infligida. A administração do tribunal escreveu:

"Nota de pesar pelo falecimento de servidora

"Notícia publicada pela Assessoria de Imprensa em 06/09/2017 18h32min
"A Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) comunica, com pesar, o falecimento da servidora Marcia Elisa Azevedo Barroso, ocorrido na manhã desta quarta-feira, dia 6 de setembro de 2017. Oficial de Justiça desde 2005, Marcia Elisa enfrentava problemas de saúde nos últimos meses e estava afastada do trabalho. Deixa dois filhos, de 13 e de 20 anos.
"O Tribunal de Justiça presta suas sinceras condolências aos familiares e amigos."
(do endereço:http://www.tjrj.jus.)

Os fatos, na verdade, remontam há alguns anos e sua gravidade não é minorada por "notas de pesar".

Marcia Elisa foi vítima de grave assédio moral em 2011 e, na época, integrou um grupo de dez servidoras/es para denúnciar as pressões sofridas. O processo foi indeferido e arquivado, porém a oficial de justiça conseguiu outra lotação. Entretanto, tempos depois foi designada para prestar auxílio novamente na mesma central de mandados que denunciara – submetida à mesma chefia denunciada. Dessa vez o assédio moral sofrido foi de tal magnitude que levou Marcia a se atirar do sexto andar do prédio em que residia, em 12/11/13. Ficou hospitalizada, mas acabou se recuperando.

Atualmente Marcia Elisa (agora lotada no núcleo especial do 2º NUR) se encontrava bastante adoecida em termos psicológicos, o que a levou ao suicídio. Não está descartado que condições de trabalho adversas tenham contribuído para o agravamento do estado depressivo que a levou a atentar novamente contra a própria vida.

Respeitosamente, devemos entender que ninguém está imune a situações como essa. A prevenção para que casos assim não se repitam deve vir da união de todas as pessoas, a compreensão e o apoio mútuo, contra todas as explorações.

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