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sábado, 3 de setembro de 2011

Matéria em destaque de 17/09/11, do Portal JB on line.

17/09 às 08h51 - Atualizada em 17/09 às 12h25


STJ anula provas da Polícia Federal contra família Sarney

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou todas as provas obtidas pela Polícia Federal ao investigar os negócios do empresário Fernando Sarney e outros familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), segundo o jornal Folha de S. Paulo. Escutas telefônicas, extratos bancários e documentos fiscais não poderão ser usados em processos judiciais, de acordo com o jornal.
Os ministros do STJ teriam considerado que os grampos que originaram as quebras de sigilo foram ilegais, pois apenas deveriam ser usados após se esgotarem os demais recursos de investigação.
Empresário Fernando Sarney é alvo de investigações da Polícia Federal
Empresário Fernando Sarney é alvo de investigações da Polícia FederalSegundo a publicação, Sarney e sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), aparecem nas interceptações telefônicas tratando com Fernando Sarney e outras pessoas de nomeações para cargos estratégicos no governo Lula.
No ano passado parte das provas obtidas por interceptação de e-mails na operação da Polícia Federal já haviam sido invalidadas pela justiça.
A investigação da chamada Operação Faktor começou em fevereiro de 2007, depois de uma movimentação atípica de R$ 2 milhões na conta de Fernando Sarney e de sua esposa, Teresa Murad Sarney.


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SOS ESTUDANTES/ATIVISTAS  DA UFF E POPULAÇÃO DE NITERÓI

Estudantes ocupam reitoria da UFF


(por W. Bastos)
Quarta-feira 24/08/11 às 16h15min, estudantes ativistas independentes ou vinculados a movimentos diversos, tais como o Movimento Ação Direta (MAD) ocuparam pacificamente o sétimo andar da reitoria da Universidade Federal Fluminense – UFF – na Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói, RJ, Brasil. O objetivo era abrir um diálogo com toda a comunidade acadêmica e com a população de Niterói em geral, sobre a imposição de diversos projetos arquitetônicos, entre eles os chamados “Via Orla” e “Via 100”.
Esses projetos estão sendo feitos duma maneira ditatorial que deixa fora das decisões a maioria das pessoas afetadas (até o pessoal pobre vizinho ao Campus do Gragoatá). Tem toda uma comunidade que seria removida por causa das obras planejadas pelos políticos pra região. A ocupação da reitoria também servia para mostrar rejeição dos alunos à destruição do Laboratório Aroeira, espaço produtor de conhecimento sustentável, esfacelado pelo reitor em mais uma atitude autoritária. Ainda está prevista a construção de rodovias que passarão a oito metros de salas de aula (causando poluição sonora), e bem ao lado do patio da creche da UFF, trazendo inúmeros problemas para as crianças, tais como: insegurança, ruídos etc. Ao que tudo indica, só quem vai ganhar com a obra são os especuladores imobiliários.
Em vez de negociar com os alunos ocupantes do prédio, o reitor mandou a repressão da Polícia Federal (sempre serviçal dos políticos e outros ricaços), que chegou com um mandado de reintegração de posse e todo um aparato armado que não costumam apresentar para enfrentar bandidos de verdade, mas estão sempre dispostos a usar contra o povo. Tropas de choque e PM ficaram à porta da reitoria (pois teoricamente a lei os impede de entrar porque a UFF é federal).

Não deu pros estudantes bancarem um enfrentamento pela óbvia correlação de forças que lhes era nitidamente desfavorável. Desceram do sétimo andar e de lá se uniram aos companheiros acampados nos arredores do campus. Entretanto, nem ali puderam ficar, e acabaram sendo expulsos até do pátio.
Mas na quarta-feira seguinte (31/08/11) os alunos retornaram com mais força ao prédio e o ocuparam novamente. Desta vez são cerca de 500 pessoas (segundo informa “Jornal do Brasil” – publicação digital). Elas elaboraram uma pauta com as reivindicações seguintes: gratuidade integral dos cursos pós-graduação da universidade, ampliação das moradias estudantis e do restaurante popular do campus (“bandejão”) e a interrupção do projeto da reitoria, em parceria com a prefeitura niteroiense, de construir duas vias expressas que atravessariam o Campus Gragoatá. Tal projeto, aliás, não foi discutido nem na universidade, sendo aprovado pelo reitor Roberto de Souza Salles sem um estudo do impacto ambiental da obra, dos problemas para a instituição de ensino e para o município. Ou seja, tal iniciativa da Prefeitura de Niterói, em conluio com a Reitoria, é claramente antidemocrática. Com efeito, o reitor não parece mesmo dar valor nenhum à democracia, pois, sobre a gratuidade dos cursos de pós-graduação, por exemplo, em 2010 houve um plebiscito onde 87% dos votos foram favoráveis à gratuidade integral das mensalidades, mas a reitoria não acatou o que a comunidade acadêmica decidiu.
A prática tem demonstrado que só mesmo a ação direta, radical, democrática, corajosa, organizada e persistente pode obter alguma conquista. O desafio agora é aumentar a participação do povo em geral, pois tais projetos da prefeitura vão prejudicar não só estudantes, mas a população toda, principalmente os mais pobres. E sem apoio mútuo, gente, ficará todo mundo ferrado (mais ainda).
Reproduzir este texto, postá-lo em blogs, mandar por e-mail, tudo pode ajudar. Também é válido aparecer na reitoria para dar um alô pros ativistas. Com certeza a solidariedade reverterá para nosso próprio bem.

(Texto publicado no blog Expressão Liberta: wwwexpressaoliberta.blogspot.com. Reprodução permitida e incentivada)

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