Companheiros Moradores e Usuários do Hospital Central do IASERJ, e demais solidários à causa
Informamos que estamos monitorando o processo em que pedimos , através do Núcleo da Defensoria Pública de Direitos Humanos, NUDEDH,o embargo da Obra de Demolição do referido hospital, com pedido de liminar, e até hoje, pasmem, até hoje, dia 09/12/12, NÃO TEMOS A APRECIAÇÃO DA LIMINAR, NEM DEFERINDO OU INDEFERINDO! O Processo foi para a 7ª Câmara para apreciação do recurso contra o declínio manifestado pelo juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública, Dr. Afonso Henrique Barbosa, ao da 10ª Vara de Fazenda Pública, e já retornou de novo para a juíza desta última, 10ª V.Faz. , Simone Lopes da Costa, a mesma que meses atrás cassou a liminar que era favorável aos pacientes de permanecerem no hospital, e determinou o seu esvaziamento com força policial. Esta é a cara de nossa IN-JUSTIÇA, que inclusive na data de ontem, 08/12/12, foi este dia ( JUSTIÇA e de Nossa Senhora da Conceição), e para nós, população não tivemos nada de bom para comemorarmos neste dia, só pesar e mais pesar, com muitos lamentos. A justiça aqui não se faz nem por milagre! O pior , é que contamos com a insensibilidade dos JUÍZES, JUÍZAS e DESEMBARGADORES, e com isso avolumam decisões incontinenti contra o interesse da população, negando-lhes, neste caso do IASERJ, a garantia de mais postos de atendimento médico regular e o de 24 horas, como o do SPA ali existente, de exames, cirurgia e mais leitos hospitalares. Suas decisões deferem os pedidos do Governo Estadual Sérgio Cabral Filho, através de seus advogados, no caso a Procuradoria Estadual, e com isso mais pacientes sofrem com as várias suspensões e atendimento de tratamentos, porque o ambulatório do Iaserj Maracanã não oferece até agora condições de atender a todos, não tendo nem salas para acomodar todas as especialidades que haviam antes, no Iaserj Central.
Não se divulga que depois daquela remoção arbitrária, que se deu de madrugada, com choque do BOPE e inúmeras ambulâncias do SUS, que em outras situações faltam quando é preciso nas unidades de UPAs, 12 ( doze) pacientes faleceram nas semanas seguintes, 12 famílias estão de luto permanente por conta desta insensatez do Governo Sérgio Cabral Filho, de seu Secretário de Saúde Sérgio Côrtes, e do Poder Judiciário, que tudo referendou. Que JUSTIÇA é essa? Logo não foi por mero capricho ou vaidade profissional que os médicos do IASERJ que os acompanhavam clinicamente, se recusaram assinar o termo de transferência médica de hospital, pois por uma questão de responsabilidade e ética, sabiam que estas mortes poderiam acontecer e esta remoção , da forma que se deu, só agravaria mais ainda o estado de saúde deles, por ter ocorrido de madrugada, acordando-os absurdamente, pacientes em estado grave, pois estavam no CTI, para se submeterem a esta remoção desumana, desrespeitando os direitos mais legítimos de repouso noturno e tratamento seguro, destes pacientes. O Estado aí errou feio como guardião desta parcela da população que estava sob tratamento médico em hospital público.
Informamos que estamos participando das reuniões do MUSPE, Movimento Unificado dos Servidores Estaduais, e a próxima será na 2ª feira, dia 10/12/12, a partir das 18 hs, na sede do Sind-Justiça, sito na Travessa do Paço nº 23, 13º andar, em seu auditório. As reuniões são abertas, e todos e todas interessadas na causa podem se juntar a nós. Considerando que o complexo do Hospital do IASERJ Central já está quase todo demolido, e o Poder Judiciário mais uma vez não fez a jusitiça necessária ao caso, decidindo tempestivamente o que se pedia em prol dos pacientes, moradores e demais usuários do IASERJ, estamos discutindo agora uma nova campanha pelo resgate de um novo IASERJ. Há uma proposta que pretendemos levar para a próxima reunião, apresentada por uma das médicas que está engajada nesta luta, de que reivindiquemos que os prédios dispersos do INCA que estão em funcionamento no centro do Rio , ao serem transferidos para o novo complexo que está sendo construído, sejam cedidos ao IASERJ, para que volte a funcionar neste bairro, que é um local de fácil acesso aos muitos pacientes que se deslocam de todo o Estado, vindo de vários municípios além de atender aos moradores do bairro que dele se utilizavam. Também não podemos abrir mão do prédio do IML, na Av. Mem de Sá que está desativado há anos, desde que foi transferido para a Leopoldina, pois é um grande espaço, que pode atender também aos nossos interesses como população carente de atendimentos especializados ambulatoriais, de centros de laboratório e exames médicos além da necessidade de novos leitos hospitalares e do atendimento de emergência, que havia através do SPA ( Serviço de Pronto Atendimento). Junto a esta reivindicação, também incluímos o retorno do funcionamento do Hospital de Infectologia São Sebastião, que funcionava no bairro do Caju, e também foi desativado, tendo funcionado em um dos andares do Prédio do IASERJ Central, e atualmente foi reduzido a algumas salas de enfermaria do Hospital Federal dos Servidores na Praça Mauá. Não podemos ver a importância do atendimento deste hospital, que representava cerca de 400 atendimentos por mês, ser assim minimizado e sobrecarregar, pelo seu desativamento, outros hospitais, que também não possuem a estrutura especializada que o Hospital São Sebastião detinha.
Logo companheiros, moradores, pacientes, usuários e funcionários do IASERJ, a luta é muita grande e não podemos dar trégua ao governo que só pensa em " ajeitar" a cidade para a Copa e Olímpíadas, de forma desumana virando as costas para o interesse e reivindicação da população, que mais sofre com a deficiência de atendimento na área da saúde pública e fazendo a alegria infinita das construtoras e empresários. Juntem-se a nós do MUDI, para somarmos força para este grande desafio, pois juntos somos mais fortes. Temos que construir nossa Praça Tahrir no caminho da saúde pública de qualidade, para todos e todas.
MUDI
Movimento de Moradores e Usuários em Defesa do IASERJ.
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