Reforça-se o alerta vermelho em
relação ao RIOPREVIDÊNCIA: o mesmo é um fundo de previdência construído em base
ao regime de solidariedade entre os trabalhadores, ou seja, um número bem maior
de servidores ativos garante um número menor de aposentados. Com as Reformas da
Previdência de 2003 e 2019, entretanto, não houve ajustes nos fundos de previdência
público, como mentiram os governantes e a grande imprensa, mas sim um enfraquecimento
dos mesmos e o início da privatização. Para se ter uma ideia disso, o rombo no
PREVI-RIO, do Município do Rio, é mais de 35 bilhões.
Paralelamente, o número de servidores diminuiu, nesses mais de 20 anos. No Executivo Estadual com a contratação de trabalhadores não concursados na Educação, como os professores contratados ou a terceirização explícita da Saúde estadual, com a implementação das Organizações de Saúde (OSS) e Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
No TJ, apesar de muitos acharem
que vivem apartados desse caos privatista que tomou o serviço público, esse
filme de terror trouxe diversas versões: o aumento de terceirizados; o serviço
voluntário; o residente jurídico, e, agora, os secretários 1 e 2 como
extraquadros. A isso tudo se combinou a realização dos PIAS sem a contrapartida
necessária de chamada dos concursados de 2014 e 2021. Esses expedientes
privatistas fizeram com que o número de serventuários diminuísse bastante nos
últimos dez anos, sob o silêncio conivente dos dirigentes do sindicato e do “dono”
da entidade sindical.
Já sabemos, de antemão, o final
desse filme: a bomba vai estourar nas mãos dos aposentados e pensionistas e no
comprometimento das aposentadorias futuras. Vamos assistir passíveis esse circo
de horrores?
(Publicado na página 2 do Jornal Boca Maldita n° 124, RJ, setembro-outubro/2024,
do CESTRAJU – Centro Socialista de Trabalhadoras/es do Judiciário.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário