SEJA BEM-VINDO AO NOSSO BLOGUE!

ATENÇÃO! As matérias aqui publicadas só poderão ser reproduzidas fazendo constar o endereço eletrônico deste blogue. Os textos assinados não necessariamente refletem a opinião do CESTRAJU. " Há pessoas que lutam um dia e são boas. Há outras que lutam um ano e são melhores. Mas há as que lutam toda a vida e são imprescindíveis." "Tudo bem em hesitar...se depois você for em frente ...." (Bertold Brecht) "O melhor da vida é que podemos mudá-la" ( anônimo ) Junte-se a nós! Venha mudá-la para melhor!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Liberdade de manifestação pela Imprensa - Matéria do Portal www.conjur.com.br


Supremo reforça direito de crítica da imprensa

O direito dos jornalistas de criticar pessoas públicas, quando motivado por razões de interesse coletivo, não pode ser confundido com abuso da liberdade de imprensa. Esse foi o fundamento do ministro Celso de Mello para rejeitar pedido de indenização do desembargador aposentado Francisco de Oliveira Filho, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, contra o jornalista Cláudio Humberto.
O voto do ministro foi acompanhado por unanimidade pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. Os argumentos de Celso de Mello foram reafirmados ao decidir Agravo de Instrumento interposto pelo desembargador contra decisão do próprio ministro, tomada em agosto de 2009.
"A crítica que os meios de comunicação social dirigem às pessoas públicas, por mais dura e veemente que possa ser, deixa de sofrer, quanto ao seu concreto exercício, as limitações externas que ordinariamente resultam dos direitos de personalidade", afirmou Celso de Mello.
O desembargador entrou com ação contra o jornalista por conta de uma nota escrita por Cláudio Humberto em sua coluna, que é publicada em diversos jornais do país. A nota tinha o seguinte teor: "O Judiciário catarinense é uma ilha de agilidade. Em menos de 12 horas, o desembargador Francisco de Oliveira Filho reintegrou seis vereadores de Barra Velha, após votar contra no mesmo processo. Os ex-cassados tratavam direto com o prefeito, ignorando a Constituição. A Câmara vai recorrer. O povão apelidou o caso de Anaconda de Santa Catarina".
Para Celso de Mello, o jornalista se limitou a exercer sua "liberdade de expressão e de crítica". O decano do Supremo ressaltou que a nota passou longe de evidenciar prática ilícita contra a honra do juiz. De acordo com o ministro, a Constituição "assegura, a qualquer jornalista, o direito de expender crítica, ainda que desfavorável e mesmo que em tom contundente, contra quaisquer pessoas ou autoridades".
A decisão da 2ª Turma do Supremo derrubou a condenação imposta ao jornalista pelo Tribunal de Justiça catarinense. O ministro Celso de Mello lembrou que o direito de crítica não tem caráter absoluto, como nenhum outro direito tem. Mas ressaltou que "o direito de crítica encontra suporte legitimador no pluralismo político, que representa um dos fundamentos em que se apóia, constitucionalmente, o próprio Estado Democrático de Direito".
Ao julgar o Agravo do desembargador, o ministro acolheu apenas o pedido relativo à fixação dos honorários de sucumbência, que estabeleceu em 10% do valor da causa.
Clique aqui para ler a ementa do julgamento e aqui para ler o voto do ministro Celso de Mello.

Jornal não pode publicar notícia contra juízes - Matéria do Portal www.conjur.com.br

A 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais de Vitória, no Espírito Santo, manteve a sentença do juiz Marcos Horácio Miranda que proíbe a publicação de reportagens sobre supostos abusos cometidos por dois juízes contra advogados no jornal Século Diário.
Além da proibir a veiculação de notícias, a relatora do caso, juíza Inês Vello Côrrea, manteve o pagamento de indenização por danos morais, acompanhada pelo colegiado de forma unânime. A ação foi movida pelos juízes Flávio Jabour Moulin e Carlos Magno Moulin Lima, respectivamente, filho e sobrinho do ex-presidente do TJ-ES, desembargador Alemer Ferraz Moulin (agora aposentado).
No processo, os autores pleiteavam a retirada do ar da reportagem que tratava da denúncia feita por advogados de abusos cometidos na própria esfera dos Juizados Especiais. As queixas foram relatadas ao CNJ durante audiência pública do órgão no TJ-ES em junho de 2009. 
Procurado pela ConJur, o juiz Carlos Magno explica que a decisão proibiu a veiculação de três reportagens em que é acusado de perseguição por uma advogada e afirma que a representação levada ao Conselho Nacional de Justiça foi arquivada. "O Século Diário há algum tempo tem se especializado em achincalhar a honra de autoridades no Espírito Santo. Não só a minha, mas de promotores, desembargadores, procuradores e outros juízes", declarou Carlos Magno.
O juiz Marcos Horácio Miranda decretou a censura às notícias no dia 9 de julho de 2009. Logo depois desta decisão, o assunto repercutiu na imprensa. O jornal O Globo, na edição de 10 de julho — um dia após a decisão judicial — foi o primeiro grande jornal de circulação nacional a noticiar o fato, sob o título "Justiça do ES obriga site a retirar reportagens do ar".
No blog de Ancelmo Goes, também de O Globo, na edição do dia seguinte, o colunista diz, sob o título "Volta da censura", que, pelo jeito, "a garantia constitucional da liberdade de imprensa vale cada dia menos". Também o blog do jornalista Dino Gracio publicou matéria sobre a censura. O site Vermelho, do PCdoB, reproduziu a notícia do jornal Século Diário publicada na edição do dia em que a censura foi decretada.
Entidades civis e de classe também protestaram contra a decisão judicial de censurar o jornal Século Diário. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Espírito Santo (Sindijornalistas-ES) publicou nota considerando a decisão "autoritária e arbitrária". A OAB-ES também divulgou uma nota oficial contra o ato classificado como "agressão à liberdade de expressão e de imprensa".
Notícia alterada às 18h50 desta quarta-feira (30/3) para acréscimo de informações.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Obama lê Paulo Coelho... Retirado do Blog do JB - Rio Acima

" No texto logo aí abaixo, uma leitora me chamou de preconceituoso porque critiquei o fato de Obama ter citado o escritor Paulo Coelho num país que tem Machado de Assis, Aloisio Azevedo, Jorge Amado, Monteiro Lobato, Érico Veríssimo, além de poetas como Carlos Drummond, Mario Quintana, João Cabral de Melo Neto...

Não sou preconceituoso, li três livros de Paulo Coelho.
As Walkírias e Diário de um Mago (esses dois com certeza) e O Monte Cinco (se não me engano). Achei-os repletos de boas intenções, mas também de erros de português constrangedores. O estilo do escritor, pelo menos nos livros que li, era pobre, sem muitos recursos (aliás, sem nenhum recurso), o que torna a leitura fácil para quem não tem o costume de ler. Há uma diferença entre a escrita simples e direta e a escrita ruim. Ambas podem atingir um grande público, mas só a primeira tem valor relevante para a cultura. Também dizem que ele compila e adapta trechos de livros religiosos, escrituras, muitas vezes sem dar crédito. Enfim, para muitos trata-se de um místico de resultado, um mago fisiológico, um guru sublimado pela ignorância geral planetária.

E pensar que Paulo Coelho entrou para a Academia Brasileira de Letras, abrindo assim mais um precedente perigoso... Basta ver os candidatos atuais, entre eles, por exemplo, um jornalista medíocre que nunca escreveu nada além daqueles textos intragáveis a serviço da desinformação.


Entrevistei Paulo Coelho uma vez, quando ele ainda estava num estágio entre ilustre desconhecido e revelação do momento. O mago, naquela época, morava num escuro apartamento térreo em Copacabana. Foi ali, com aquele caos urbano do lado de fora, que ele cometeu suas primeiras obras ditas transcendentais. A entrevista que me deu foi boa, ele é um bom papo. A certa altura, parou para atender um telefonema e passou meia hora dando conselhos existenciais a uma leitora que ligava do interior de São Paulo. Além de iluminar o caminho da moça, o nosso mago também foi comedidamente galanteador. Sabe das coisas...


Hoje, o mago vive num palácio na Europa. O filão que ele descobriu acertou em cheio nos milhares de desorientados que vagam pelo planeta à procura de uma palavra qualquer. Se você não quer ser evangélico, tem a opção de ler Paulo Coelho.


Mas ainda acho que a melhor coisa que Paulo Coelho fez na vida foi compor essa joia com Raul Seixas: "


Miniatura

Em SP, Dia Mundial do Teatro tem palhaceata na Avenida Paulista - Matéria retirada do Portal IG Notícias

Palhaceata teve início no vão do Masp e seguiu até o shopping Center 3, próximo à Avenida Augusta

iG São Paulo | 27/03/2011 14:29

Palhaços invadiram na manhã deste domingo (27) a Avenida Paulista em São Paulo (SP) para comemorar o Dia Mundial do Teatro e o Dia Nacional do Circo. Eles se concentraram ao lado do MASP, caminharam até a frente do Center 3, atravessaram a rua e voltaram. No meio do caminho surgiu o fusca dos palhaços, que atrapalhou o trânsito em uma das faixas.
Passeata começou no vão do Masp, na Avenida Paulista
Foto: Futura Press
Passeata começou no vão do Masp, na Avenida Paulista

A sexta edição do ato pretende “convidar a população a pensar sobre como tudo na vida é risível”, explicou um dos organizadores Carlos Biaggioli. Ele defende que o humor seja “pensado sistematicamente” devido a sua importância social. “A pessoa que se leva demais a sério é propensa ao câncer, a crimes de diversos níveis, a atitudes ditatoriais e anti-humanas”, provoca. “Pode parecer bobagem, mas no fundo, no fundo, é bobagem”, brinca.
Enquanto distribui narizes vermelhos Biaggioli aproveita para refletir sobre a evolução da arte de ser palhaço. Segundo o artista, atualmente a categoria “habita um vão entre o teatro e o circo”.
Nessa relação, alguns se identificam mais com o palco, outros com o picadeiro. Mas existem ainda aqueles que se descolaram desses espaços e fazem uma forma de arte voltada para as ruas. “É uma relação quase de intervenção performática de momento presente, onde ele se relaciona com o transeunte e cria a determinada situação cênica cômica a quatro mãos”.
Mas todos esses tipos de palhaços possuem, de acordo com Biaggioli, o mesmo objetivo, impulsionar a sociedade para refletir sobre suas falhas de maneira leve. “O erro, o atrapalhamento, a inadequação, essa é a força que o palhaço tem. E mostra aí toda a humanidade do ser humano”, explica.
Fomentando a reflexão, os artistas pretendem, na opinião de Biaggioli, serem agentes de mudança. “Tudo que estagna apodrece”, conclui.
Idealizada pela dramaturga Ana Vitória Vieira Monteiro e pelas atrizes Leona Cavalli e Ciléia Biaggiolia, a Palhaceata acontece neste ano simultaneamente em Manaus (AM), Juazeiro do Norte (CE), Lavras (MG) e Itumirim (MG).

Com Agência Brasil

quarta-feira, 23 de março de 2011

Cuidado: o peixe morre pela boca! O que é isso Amarelinho?

Divulgamos um correio eletrônico que nos foi enviado nesta data, comentando a matéria abaixo: " Vejam como a iniciativa privada funciona no setor de bares e restaurantes, é assim que conseguem engordar seus lucros, pagando salários de fome e servindo imundices!!  Bom apetite. " ( Comentário do internauta ao nos enviar a mensagem)


Amarelinho da Cinelândia é interditado por ter alimentos vencidos e baratas

Publicada em 23/03/2011 às 17h53m
Duilo Victor e O Globo
RIO - O restaurante Amarelinho, na Cinelândia, foi interditado pela primeira vez na sua história. Após uma denúncia, policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon) fizeram uma operação, na manhã desta quarta-feira, no local e encontraram 288 quilos de gêneros alimentícios fora do prazo de validade, sem embalagens e alguns deteriorados, como carne bovina, frango e batata frita.

Entre os alimentos inutilizados, havia bolinho de bacalhau, batatas fritas, pescados, queijo, carne suína e massas. Os técnicos da Vigilância Sanitária encontraram, ainda, restos de alimentos armazenados no freezer, apresentando odor desagradável. Os agentes acharam também baratas mortas no chão da cozinha. Um policial chegou a flagrar uma barata percorrendo a cozinha do restaurante, ao lado de uma porção de batatas fritas que estava deixada no chão.
Eles foram ao estabelecimento depois receberem uma denúncia de uma cliente, que teria passado mal por três dias após fazer uma refeição no local. O restaurante só será reaberto quando forem cumpridas as exigências da Vigilância quanto à limpeza do local e acondicionamento correto dos alimentos.
O delegado Maurício Luciano da Silva, titular da Decon, lamentou a situação do restaurante:
- Havia diversas mercadorias sem procedência de origem e fora da data de validade. Um cenário dos filmes de terror. Não havia qualidade de asseio. Um caso muito triste em um bar tão tradicional do Rio.
Um dos proprietários do estabelecimento, José Lorenzo Lemos, que foi detido por crime contra a saúde pública e relação de consumo, defende-se dizendo que o restaurante nunca teve problemas com as inspeções periódicas feitas pela Vigilância Sanitária. A mais recente delas foi realizada no último dia 2 de fevereiro.
Na semana passada, por causa do discurso que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, faria na Cinelândia, o restaurante seria fechado pela primeira vez em 50 anos. Mas depois de cancelado o discurso, que acabou acontecendo no Theatro Municipal, o Amarelinho permaneceu aberto, e o prefeito Eduardo Paes, ao saber da notícia, fez piada com a situação.
- Pelo menos não entro para a história da cidade como o prefeito que fechou o Amarelinho - disse na época, segundo a coluna do jornalista Ancelmo Gois.
Apreensões têm sido constantes
Nos últimos meses, as operações da Decon têm flagrado irregularidades em vários restaurantes da cidade. Na última quinta-feira, como parte da operação "Pratos limpos", os agentes encontraram mercadorias vencidas no Bar 20 , em Ipanema. No mesmo dia, no Shopping Rio Sul, cinco restaurantes foram autuados. No La Mole, foram apreendidas duas peças de picanha fora da validade. Também havia mercadorias sem data de vencimento ou com prazo vencido nos restaurantes Spoleto e Viena (os restaurantes Tower Grill e Emporium Pax também foram autuados).
Já em setembro do ano passado, a cozinha do restaurante Estação Gourmet, em Botafogo, chegou a ser fechada após a constatação de que quase todos os produtos alimentícios estariam com o prazo de validade vencido . No mesmo mês, numa operação surpresa no Shopping Tijuca, cinco dos 20 estabelecimentos de alimentação do shopping foram autuados. Foram apreendidas mercadorias no Grande Muralha, Viena, Doce Delícia, Montana Grill, e Camarão & Cia.
Um mês antes, no BarraShopping, na Barra da Tijuca, cinco gerentes de restaurantes com problemas nas datas de vencimento das mercadorias tiveram que prestar depoimento na delegacia (Burger King, Benkei Asiático, Bibi Sucos, Oriento e Buonasera).

terça-feira, 22 de março de 2011

Conselho de Ética: 20% tem problemas na Justiça - Retirado do Portal Congresso em Foco


Levantamento do Congresso em Foco mostra que seis dos 30 titulares e suplentes que analisarão cassação de Jaqueline Roriz respondem a 19 processos no STF
Recordista: integrante do Conselho de Ética, Abelardo Camarinha responde a quatro ações penais e nove inquéritos
Mário Coelho
Criado com a missão de analisar a conduta e o decoro dos colegas, o Conselho de Ética da Câmara tem parte dos seus integrantes com problemas na Justiça. Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que 20% dos membros do colegiado enfrentam inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Juntos, eles somam 19 processos no Supremo. É a mais alta corte do país que tem a prerrogativa de investigar e julgar deputados federais e senadores.
A nova composição do Conselho de Ética, formada por 15 deputados titulares e 15 suplentes, foi instalada na última quarta-feira (16). Os parlamentares já têm uma missão: analisar o caso envolvendo a colega Jaqueline Roriz (PMN-DF). No início do mês, veio à tona um vídeo onde ela aparece, junto com o marido, recebendo R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa, delator do esquema de propina que deu origem à Operação Caixa de Pandora.
Após a instalação do conselho, o site fez uma busca pelo nome de cada parlamentar no acompanhamento processual do Supremo. É possível procurar também pelo número do processo e de protocolo, e pelos advogados. Somente ações que tramitam em segredo de Justiça não aparecem na consulta. A partir daí, foi possível identificar que seis deputados são investigados e até mesmo réus no Supremo. Somente inquéritos e ações penais ativos entraram na lista.
Entre os enrolados com a Justiça, o deputado que tem o maior número de processos é Abelardo Camarinha (PSB-SP). Tramitam atualmente na corte, de acordo com a pesquisa, quatro ações penais, onde ele já é réu, e nove inquéritos, em fase de investigação. A maior parte dos casos está dentro da classificação direito penal. São processos envolvendo crimes de responsabilidade, crime da Lei de Licitações, crimes de imprensa, crime ambiental e até crime contra a honra.
Veja a lista completa de processos dos parlamentares
Leia também:
Um quarto dos reeleitos responde a processo no STF
O Congresso em Foco entrou em contato com o deputado, inclusive enviando a lista de processos, para que ele pudesse argumentar e dar sua versão dos casos. O mesmo procedimento foi feito com os outros parlamentares. Nenhum deles respondeu, à exceção do deputado Sílvio Costa (PTB-PE). Em resposta ao site  no ano passado, logo após ser reeleito, Camarinha minimizou a quantidade de processos.

“Tenho nove inquéritos promovidos por meus adversários, e que estão todos sendo arquivados, nenhum virou processo. E quatro ações, duas de discussões políticas, naturais em campanha, troca de acusações. Em 14 anos como prefeito de minha cidade [Marília], nenhuma condenação”, disse, na época.

No ano passado, Camarinha era um dos parlamentares com o maior número de processos na região Sudeste. Dentro do colegiado, a quantidade de investigações e ações penais dos outros colegas não chega perto do que o deputado paulista enfrenta atualmente. Enquanto ele se defende em 13 casos, os demais integrantes somam seis. São quatro inquéritos e duas ações penais.
Dos deputados restantes, somente um enfrenta mais do que um caso. É Wladimir Costa (PMDB-PA). Ele é investigado por calúnia e difamação e responde como réu em uma ação penal por crimes de imprensa e contra a honra. Já Marcos Medrado (PDT-BA) enfrenta um inquérito por crimes eleitorais. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou que, apesar de ter sido presidente estadual do PP, não se envolveu com a prestação de contas do partido, questionada na Justiça.
Farra das passagens
Situação peculiar vive o deputado Sílvio Costa (PTB-PE). Até o ano passado, ele, como mesmo disse ao Congresso em Foco, estava invicto. Não possuía nenhum processo. No entanto, em 2009, ao participar de um debate na Rádio CBN sobre a farra das passagens, revelada com exclusividade pelo site, ele teria chamado o deputado Raul Jugmann (PPS-PE) de corrupto. “O debate estava acalorado, e o Jungmann disse que eu o chamei de corrupto”, disse o deputado.
Jungmann, então, entrou com uma queixa crime no Supremo. Por seis votos a dois, os ministros entenderam que o petebista precisava ser investigado para saber se os limites da imunidade parlamentar foram extrapolados. O julgamento ocorreu em 24 de junho do ano passado. Desde então, a ação penal tramita em segredo. O relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello.

Costa não vê problema em fazer parte do Conselho de Ética mesmo enfrentando uma ação penal. Para ele, é preciso diferenciar os casos, “não colocá-los no mesmo balaio”. O petebista lembra que sua situação não é, por exemplo, de improbidade ou corrupção. A ação penal, ao contrário, dá uma espécie de vantagem, acredita. O pernambucano acrescenta que, ao sofrer um processo por conta de declarações dadas a outro parlamentar, possui mais condições de defender suas posições no colegiado.

Clima
Apesar de uma parte dos conselheiros estarem com problemas na Justiça, o clima entre os parlamentares é de punição. Deputados frisam que, primeiro, é preciso dar sustentação jurídica para recomendar a cassação por um fato ocorrido antes do mandato. "O nosso primeiro desafio vai ser criar a argumentação jurídica necessária para que o caso, anterior ao mandato, seja analisado sem dúvidas, para superarmos esse assunto de vez", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Até deputados com processos, como Abelardo Camarinha, já se pronunciaram publicamente pela punição a Jaqueline, que pode ser desde uma censura pública até cassação. O presidente do conselho, inclusive, já declarou que ela é ré confessa. Pesam contra ela os seguintes fatores: é de um partido pequeno, está no primeiro mandato e a família, que já foi poderosa no Distrito Federal, está em baixa. “Ética não caduca”, afirmou Assis Carvalho, durante a sessão de instalação do Conselho de Ética. 

Meio a meio

Com a posse do atual conselho, verifica-se que um em cada cinco dos titulares possui processo. A mesma proporção é mantida para os suplentes. A situação é melhor do que há dois anos. Levantamento feito pelo Congresso em Foco na época mostrou que um em cada quatro membros do conselho respondia a procedimentos do STF. Eram eles: Sérgio Moraes (PTB-RS), Wladimir Costa (PMDB-PA), Urzeni Rocha (PSDB-RR) e Abelardo Camarinha (PSB-SP). Os parlamentares acumulavam 21 processos na mais alta corte do país.

Além de enfrentar a desconfiança da população, os deputados ainda precisam superar outro problema. Dos 113 processos analisados pelo Conselho de Ética da Câmara de 2004 a 2010, apenas 17 saíram do colegiado rumo ao plenário com parecer pela cassação do acusado de quebra de decoro. Quatro deles resultaram em cassação pelo plenário. São os 513 deputados os responsáveis por dar a última palavra sobre a postura dos colegas.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Habeas corpus é concedido a manifestantes contrários à visita de Obama

Matéria retirada do Portal do TJ/RJ.

Notícia publicada em 21/03/2011 16:41
 O desembargador Cláudio Luis Braga Dell'Orto, do Tribunal de Justiça do Rio, concedeu na manhã desta segunda-feira, dia 21 de março, durante o Plantão Judiciário, habeas corpus em favor de 12 envolvidos na manifestação contra a visita do presidente americano Barack Obama ao Brasil. Eles foram presos na noite de sexta-feira, dia 18, quando participavam de ato nas proximidades do Consulado dos Estados Unidos, no Centro do Rio. De acordo com registro de ocorrência da 5ª DP, todos foram enquadrados nos crimes de incêndio e lesão corporal leve.
 O desembargador considerou que os argumentos para a prisão não subsistem mais, tendo em vista que Barack Obama já deixou o país. Na sexta-feira à noite, o juiz João Felipe Ferreira Mourão, do Plantão Judiciário, manteve a prisão do grupo, alegando a repercussão social do ato e pelo bem da ordem pública.
 “Independentemente da análise do conteúdo probatório já produzido e considerando a tipicidade prévia lançada pela autoridade policial, conclui-se pela ausência da necessidade e utilidade da custódia cautelar dos pacientes. Os argumentos utilizados pelo juízo plantonista em prol da ordem pública não subsistem diante do encerramento da visita da autoridade estrangeira ao território brasileiro”, escreveu o magistrado na decisão. O desembargador lembrou ainda que a gravidade das condutas é média e a pena branda, sendo o regime prisional aberto.
 Os beneficiados pelo habeas corpus são Gilberto Borges Nogueira da Silva, Gualberto Izaias de Oliveira Tinoco, Gabriel de Melo Silva Paulo, Andrieve Martins Santos de Paula, José Eduardo Figueiredo Brauwschweiger, Thiago Barcelos Loureiro, Gabriela Proença Natal Costa, Yuri Proença Natal Costa, Pamela Leal Marinho Rossi, Rafael Alves Rossi, Wagner Luiz de Vasconcelos e Maria de Lourdes Pereira da Silva.
 O habeas corpus foi impetrado pelo advogado Jorge Bulcão Coelho. Ele disse que seus clientes participavam de manifestação pacífica com bandeiras, quando foram surpreendidos por coquetéis molotov atirados por terceiros contra o consulado dos EUA. Segundo ele, nenhum artefato foi encontrado com eles. Durante o ato, o menor J.P.A.T. também foi apreendido, já tendo sido liberado.

domingo, 20 de março de 2011

13 presos políticos, e um menor de idade, no ato contra Obama no RJ, 18/03/11 - Comunicado do PSTU à imprensa sobre a repressão no ato do Rio


Matéria retirada do Portal do PSTU que está sendo divulgada na Imprensa:

• Diante do protesto desta sexta-feira, contra a visita de Obama e a violenta repressão policial, o PSTU vem a público declarar que:

1 – O ato pacífico foi organizado pela CSP-Conlutas, pela Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre - ANEL e por diversos sindicatos.

2 – O protesto faz parte de uma jornada nacional, que inclui atos em outras cidades e tem como objetivo denunciar a visita de Obama, a entrega do petróleo, os acordos de livre comércio com o governo brasileiro. Também pretende apoiar a revolução árabe e denunciar os ataques do imperialismo aos povos do mundo, como no Iraque, e que agora se repete na Líbia.

3- O PSTU apoiou o protesto e participou ativamente de sua organização. Durante a semana, o partido tem realizado várias ações contra a visita de Obama, com milhares de cartazes e até faixas em um avião que circula pelos céus do Rio de Janeiro.

4 – Desde as 16h, horário marcado para a concentração, os policiais demonstravam que não tolerariam o protesto. Chegaram a impedir a entrada de um carro de som na Candelária e não queriam deixar que a caminhada seguisse pela Av. Rio Branco.

5 – Apenas depois de uma longa negociação, de quase duas horas, a passeata pôde deixar a Candelária. No momento, já somavam 400 pessoas, inclusive muitas crianças. A passeata foi aplaudida ao longo da Av. Rio Branco, demonstrando que o apoio à visita não é unâmime.

6 – O acordo com o comando policial previa que a passeata seguiria até o Consulado dos EUA, onde seria feito apenas um ato simbólico, seguindo até a Cinelândia. O objetivo era ocupar a praça, símbolo de resistência à ditadura militar, e que Obama tentou usar agora como palco para seu discurso.

7 – Em frente ao Consulado, o ato iniciou com discursos, palavras de ordem. Simbolicamente, sapatos foram atirados contra uma bandeira dos Estados Unidos, repetindo um gesto comum nas revoltas árabes.

8 – No momento em que estavam reunidos em um grande círculo, os manifestantes e os jornalistas escutaram uma explosão ao fundo e foram surpreendidos com o avanço da polícia, que atacou com cassetetes, atirou com balas de borracha e lançou bombas de gás e depois perseguiu os manifestantes pelas ruas vizinhas. As cenas desse momento foram gravadas por manifestantes e estão em nosso site.

9 – Dezenas de pessoas ficaram feridas e entre 12 e 15 manifestantes foram presos. Entre eles, um estudante, menor de idade. Até as 22h, ninguém havia sido solto.

10 – A polícia declarou que coqueteis molotov foram jogados contra os policiais, atingindo um segurança do Consulado. Sobre isso, declaramos que nem o PSTU e tampouco qualquer uma das entidades que organizaram o ato concordam ou apoiam atitudes como essa no ato, convocado como uma manifestação totalmente pacífica.

11 – Este espírito pacífico era compartilhado pelos manifestantes. Entendemos que transformar a passeata em uma batalha apenas favoreceria o imperialismo, evitando que se discuta as verdadeiras intenções da visita. Neste sentido, desconhecemos os autores do ataque e queremos vir a público declarar nossa desconfiança de que provocadores tenham se infiltrado no ato, com esse objetivo.

12 – Os artefatos lançados não justificam a reação completamente desproporcional da polícia do governador Sérgio Cabral, que agiu atacando e prendendo a esmo. A selvageria se seguiu por várias horas, com policiais perseguindo manifestantes pelas ruas próximas a Cinelândia, revistando e prendendo sem provas.

13 – A ação policial derruba por terra qualquer respeito à liberdade e os direitos humanos e indica uma criminalização dos protestos, ao melhor estilo dos Estados Unidos. Um exemplo foi dado na delegacia, quando policiais exibiram suas “apreensões”: uma garrafa de cerveja que teria sido usada como parte de um coquetel molotov e um soco inglês. Para que a imprensa fotografasse, foi colocada uma bandeira e um cartaz do PSTU, atribuindo responsabilidade sobre os ataques. Desde quando uma bandeira, um símbolo de um partido político pode ser apresentado como algo criminoso?

14 – Exigimos uma investigação e uma resposta do governador Sergio Cabral e de seus secretários de Segurança e de Direitos Humanos sobre os fatos desta sexta-feira. Imediatamente, exigimos a libertação de todos os presos, principalmente o menor de idade, que, pela lei, não poderia estar em uma delegacia policial.

15 – Por último, o PSTU afirma que não deixará de protestar contra os Estados Unidos por conta dos ataques da polícia de Sergio Cabral. Continuaremos nas ruas, e nosso próximo ato será no domingo, às 10h, no Largo do Machado. Convocamos todos a participarem deste ato, e transformar esse dia em um grande repúdio à violência de hoje e a criminalização dos que lutam.

Rio de Janeiro, 18 de março de 2011

PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO
www.pstu.org.br



VEJA O VÍDEO DO MOMENTO DO ATAQUE DA POLÍCIA
OBAMA GO HOME! Polícia Militar reprimindo manifestação


  • Assine a petição pública pela libertação dos presos políticos











  • URGENTE: Presos políticos do PSTU estão sendo levados para Bangu e Água Santa





  • internacional@pstu.org.br  

    Veja a lista dos presos políticos do ato contra Obama


    • São 13 os presos políticos no ato desta sexta-feira. Destes 10 são militantes do PSTU. Os homens foram levados ao presídio de Àgua Santa e as mulheres para o de Bangu 8. Saiba mais sobre a prisão




    Gilberto Silva - eletricista















    Rafael Rossi - professor de estado, dirigente sindical do SEPE












    Pâmela Rossi - professora do estado

    Thiago Loureiro - estudante de Direito da UFRJ, funcionário do Sindjustiça

    Yuri Proença da Costa - funcionário dos Correios


    Gualberto Tinoco "Pitéu" - servidor do estado e dirigente sindical do SEPE













    Gabriela Proença da Costa - estudante de Artes da UERJ











    Gabriel de Melo Souza Paulo - estudante de Letras da UFRJ, DCE-UFRJ












    José Eduardo Braunschweiger - advogado













    Andriev Martins Santos - estudante da UFF












    João Pedro - estudante Colégio Pedro II

    Vagner Vasconcelos - Movimento MV Brasil


    Maria de Lurdes Pereira da Silva - dona de casa





















    [ 19/3/2011 11:06:00 ]

    Reflexões pós greve 2010 por Winter Bastos, publicado no Blog Expressão Liberta

    Vivendo e aprendendo: lições de uma greve

    .
    "Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."
    (Paulo Freire)
    .
    Introdução.
    A vida sempre nos traz lições. O importante é estarmos dispostos a nos modificar e evoluirmos a partir de cada uma delas.
    .
    A greve dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em 2010 foi mais um evento do qual podemos tirar aprendizados importantes para a classe trabalhadora como um todo.
    .
    .
    Origem da paralisação.
    A greve de 2010 dos serventuários do Rio de Janeiro teve raízes em acontecimentos de 20 anos antes. É que em 1987, época de forte inflação, a lei 1.206 concedeu reajuste salarial a todos os servidores públicos do estado do Rio de Janeiro, excluindo apenas os trabalhadores do Judiciário. Estes deram entrada num processo judicial para também obterem tal incorporação no contracheque, que estava tão minguado quanto o dos demais.
    .
    Apesar de toda a justiça da reivindicação, o Estado entrou com todos os recursos possíveis e imagináveis para não conceder o reajuste. Em 2010, depois de 23 anos do início do processo, foi proferida a sentença definitiva a favor dos servidores. Não havia mais nada que o Estado pudesse fazer juridicamente: ele só tinha mesmo que pagar. O prazo judicial para que 24% fossem incluídos nos contracheques foi de 30 dias e venceu em 8 de setembro. Mas o Poder Executivo do Rio simplesmente se negava a pagar o que a sentença determinava. E a presidência do TJ nada fazia para obrigar o Estado a esse pagamento.
    .
    Todas as reuniões com o presidente do TJ não resultaram em nada, apesar de os servidores terem deixado claro que haveria uma paralisação por tempo indeterminado caso ele não cumprisse as promessas. Tal situação obrigou os serventuários a iniciarem uma greve em 19/10/10, depois de tentarem todos os meios para resolver a questão de outra forma.
    .
    Peleja de 80 dias
    .
    Com a paralisação, foi conquistada uma vitória parcial: o pagamento dos 24% aos autores da ação, mas nada além disso. A greve não chegou a alcançar a adesão da maioria dos servidores do TJ, e nisso residiu sua fragilidade. Os grevistas tiveram ponto cortado, sofreram ameaças, perda de todas as licenças sindicais, remoções arbitrárias para comarcas super-distantes, sofreram pressão psicológica ao serem filmados por espiões da Corregedoria Geral, e chegaram a ter corte de 100% do salário... Com tudo isso, pessoas foram abandonando o movimento aos poucos, pois muitas ficaram sem dinheiro até para comida e, por mais que quisessem, não conseguiam resistir por mais tempo com tantas privações. Com tal situação, a greve terminou oficialmente depois de 80 dias.
    .
    Desde o início da paralisação, gente que não aderiu se aproximava dos grevistas para dizer que estes deveriam voltar ao trabalho, pois o presidente do TJ “garantiu que, com o fim da greve, irá negociar o pagamento dos 24%”. Muitos também manifestaram a opinião de que não é greve que conquista nada, mas sim as ações jurídicas e a competência dos “negociadores” do sindicato. Por mais que tenhamos discordâncias profundas com tais opiniões, achamos que aqueles que as sustém deveriam apresentá-las nas assembléias da categoria. E por que não o fazem?
    .
    .
    Lições para todos nós.
    “O difícil é para já; o impossível só demora um pouco mais.”
    (autor desconhecido)
    .
    No geral, nós temos perdido nosso espírito coletivo, nossa capacidade de debater e deliberar. Por isso a dificuldade de todos aparecermos nas assembléias e expormos nossas posições democraticamente. Se não mudarmos isso, nunca iremos avançar em conquistas, pois só a união nos faz fortes.
    .
    Assim que a greve acabou, o presidente do TJ impôs uma maneira hedionda de “cumprir” a sentença que garantia a incorporação de 24% aos contracheques dos servidores do judiciário: dar tal percentual dividido em parcelas anuais irrisórias ao longo de quatro anos (!!!). Além disso, impôs que aposentados e pensionistas não receberão nem mesmo essas migalhas.
    .
    Vê-se que a presidência do TJ não queria o fim da greve para negociar, mas sim para ter condição de impor sua vontade sem que os servidores tivessem nenhum poder de barganha. Fica então, como aprendizado para todos, o seguinte: greve nunca atrapalha negociação; pelo contrário, é a greve (ou outras formas de luta direta) que torna possível negociar – contrapondo nossa força numérica (imensamente superior) ao poderio político e econômico dos “donos do poder”.
    .
    Que força é essa que temos? É uma força gigantesca, latente, que só se torna efetiva a partir de nossa união.
    .
    Apenas estagiários de universidades e candidatos do estágio experimental (que dura 6 meses e é considerado etapa do concurso de servidor do TJ) deveriam entrar para trabalhar no Tribunal durante o período da greve, juntamente com os escrivães (que só abririam os cartórios e assessorariam nos casos essencialíssimos, sem assinar ponto).
    .
    Se assim fosse, é obvio que o movimento seria vitorioso logo na primeira semana. Não haveria nem tempo de ninguém ter salário cortado (o que, por questões burocráticas, só ocorreu bem mais de 30 dias depois).
    .
    Há quem diga que uma greve com adesão próxima de 100% é impossível. Pois então vamos fazer como preconizava uma pichação nos muros de Paris em maio de 1968: “Sejamos realistas, exijamos o impossível!”. Temos que exigir isso dentro de cada um de nós, em união com nossos companheiros e companheiras. Temos que aprender e evoluir juntos em cada luta travada contra a opressão, até atingirmos um grau de consciência que nos torne invencíveis. É essencial proliferarmos consciências críticas e este modesto texto já é uma pequena tentativa nesse sentido. Que venham outras e outras!
    .
    .
    Nunca acima, sempre em conjunto
    .
    “Um povo forte não precisa de líderes”
    (Emiliano Zapata)
    .
    É imprescindível lutar em conjunto com os demais, nunca tentando guiá-los como se fôssemos superiores. Temos que varrer palavras como “vanguarda” de nosso vocabulário. Todos os que hoje têm coragem de iniciar uma luta direta (greve ou outra forma de ação) devem se afirmar como o que de fato são: pessoas comuns que lutam e que querem outras ao seu lado, para – em conjunto – avançar nas conquistas.
    .
    Quando alguns se afirmam como vanguarda, reforçam a noção errada de que luta trabalhista é só para aqueles que têm “perfil para isso”, que são “sindicalistas” ou “ativistas”.
    .
    Todos devemos participar de assembleias, opinarmos, deliberarmos coletivamente, sem confiar em líderes iluminados, confiando apenas em nós mesmos e em nossa força imensa, que hoje parece adormecida, mas que há de ressurgir a partir de nossa própria vontade de evoluir, ensinar e aprender em comunhão com nossas irmãs e irmãos de classe.
    .
    (Texto escrito por W. Bastos, publicado no blog Expressão Liberta - www.expressaoliberta.blogspot.com - aguardando que você o disponibilize em blog, jornal ou fanzine e o encaminhe para seus contatos de correio eletrônico. Reprodução autorizada e incentivada)

    sábado, 19 de março de 2011

    Agenda de sábado - Cultura e Política - Participe e divulgue!


    CENTRO CULTURAL OCTAVIO BRANDÃO

    CINECLUBE APRESENTA

    NESTE SÁBADO - 19/03 - ÀS 16 H.


    Garage Olimpo, de Marco Bechis
    Protagonizado por Antonella Costa e Carlos Echevarría, o longa estreou em 1999 e foi ganhador de muitos prêmios nacionais e internacionais, entre eles a seleção oficial de “Um Certain Regard”, no Festival Internacional de Cannes; o de Melhor Filme no Festival de Cartagena; o Primeiro Prêmio do Festival de Cinema de Havana; o Colón de Ouro no Festival de Huelva e o Prêmio Fénix no Festival de Santa Bárbara.
    Na época da ditadura militar, na Argentina, um agente secreto da polícia (Félix) leva uma vida dupla: torturador de prisioneiros e um dedicado cidadão. Um dia, sua namorada (Maria), uma jovem professora e militante de esquerda, é presa e torturada num centro clandestino de detenção conhecido como Garage Olimpo. Mesmo estando apaixonado, ele não consegue salvá-la de seu destino fatal.
    O filme é a principal inspiração do diretor, que foi vítima da ditadura e forçado a deixar a Argentina em 1977. Garage Olimpo foi um lugar onde os presos políticos eram torturados e que ficava em uma área central de Buenos Aires. Entre as várias histórias de terror que lá aconteceram, uma é a de Maria, ativista da resistência democrática contra a ditadura. Quando ela é capturada, descobre que seu namorado trabalha para o governo obtendo informações dos presos, e o destino prega uma peça em ambos quando ele, que não sabia do envolvimento político dela, torna-se o responsável pelo ato de tortura no seu primeiro dia em Garage Olimpo.
    Título Original: Garage Olimpo. Argentina, 1999. Gênero: Drama. Direção de Marco Bechis, com Antonela Costa, Carlos Echevarría, Pablo Razuk, Enrique Piñeyro, Marcelo Chaparro, Adrian Fondari. 18 anos.

    Ajude a divulgar as atividades do CCOB, repasse esta mensagem para sua lista de contatos.

    CCOB: R. Miguel Ângelo, 120, esquina com rua Domingos Magalhaes, próximo ao Metrô de Maria da Graça.

    Boca Maldita 81




    sexta-feira, 4 de março de 2011

    O CORDEL DE UM POETA DE SALVADOR QUE DEIXOU PEDRO BIAL E A GLOBO INJURIADOS.

      BIG BROTHER BRASIL



                                   Autor: Antonio Barreto,
                                   Cordelista natural de Santa
                                   Bárbara-BA,residente em Salvador.

                                   Curtir o Pedro Bial
                                   E sentir tanta alegria
                                   É sinal de que você
                                   O mau-gosto aprecia
                                   Dá valor ao que é banal
                                   É preguiçoso mental
                                   E adora baixaria.

                                   Há muito tempo não vejo
                                   Um programa tão ‘fuleiro’
                                   Produzido pela Globo
                                   Visando Ibope e dinheiro
                                   Que além de alienar
                                   Vai por certo atrofiar
                                   A mente do brasileiro.

                                   Me refiro ao brasileiro
                                   Que está em formação
                                   E precisa evoluir
                                   Através da Educação
                                   Mas se torna um refém
                                   Iletrado, ‘zé-ninguém’
                                   Um escravo da ilusão.

                                   Em frente à televisão
                                   Lá está toda a família
                                   Longe da realidade
                                   Onde a bobagem fervilha
                                   Não sabendo essa gente
                                   Desprovida e inocente
                                   Desta enorme ‘armadilha’.


                                   Cuidado, Pedro Bial
                                   Chega de esculhambação
                                   Respeite o trabalhador
                                   Dessa sofrida Nação
                                   Deixe de chamar de heróis
                                   Essas girls e esses boys
                                   Que têm cara de bundão.

                                   O seu pai e a sua mãe,
                                   Querido Pedro Bial,
                                   São verdadeiros heróis
                                   E merecem nosso aval
                                   Pois tiveram que lutar
                                   Pra manter e te educar
                                   Com esforço especial.

                                   Muitos já se sentem mal
                                   Com seu discurso vazio.
                                   Pessoas inteligentes
                                   Se enchem de calafrio
                                   Porque quando você fala
                                   A sua palavra é bala
                                   A ferir o nosso brio.

                                   Um país como Brasil
                                   Carente de educação
                                   Precisa de gente grande
                                   Para dar boa lição
                                   Mas você na rede Globo
                                   Faz esse papel de bobo
                                   Enganando a Nação.

                                   Respeite, Pedro Bienal
                                   Nosso povo brasileiro
                                   Que acorda de madrugada
                                   E trabalha o dia inteiro
                                   Dar muito duro, anda rouco
                                   Paga impostos, ganha pouco:
                                   Povo HERÓI, povo guerreiro.

                                   Enquanto a sociedade
                                   Neste momento atual
                                   Se preocupa com a crise
                                   Econômica e social
                                   Você precisa entender
                                   Que queremos aprender
                                   Algo sério – não banal.

                                   Esse programa da Globo
                                   Vem nos mostrar sem engano
                                   Que tudo que ali ocorre
                                   Parece um zoológico humano
                                   Onde impera a esperteza
                                   A malandragem, a baixeza:
                                   Um cenário sub-humano.

                                   A moral e a inteligência
                                   Não são mais valorizadas.
                                   Os “heróis” protagonizam
                                   Um mundo de palhaçadas
                                   Sem critério e sem ética
                                   Em que vaidade e estética
                                   São muito mais que louvadas.

                                   Não se vê força poética
                                   Nem projeto educativo.
                                   Um mar de vulgaridade
                                   Já tornou-se imperativo.
                                   O que se vê realmente
                                   É um programa deprimente
                                   Sem nenhum objetivo.

                                   Talvez haja objetivo
                                   “professor”, Pedro Bial
                                   O que vocês tão querendo
                                   É injetar o banal
                                   Deseducando o Brasil
                                   Nesse Big Brother vil
                                   De lavagem cerebral.

                                   Isso é um desserviço
                                   Mal exemplo à juventude
                                   Que precisa de esperança
                                   Educação e atitude
                                   Porém a mediocridade
                                   Unida à banalidade
                                   Faz com que ninguém estude.

                                   É grande o constrangimento
                                   De pessoas confinadas
                                   Num espaço luxuoso
                                   Curtindo todas baladas:
                                   Corpos “belos” na piscina
                                   A gastar adrenalina:
                                   Nesse mar de palhaçadas.

                                   Se a intenção da Globo
                                   É de nos “emburrecer”
                                   Deixando o povo demente
                                   Refém do seu poder:
                                   Pois saiba que a exceção
                                   (Amantes da educação)
                                   Vai contestar a valer.

                                   A você, Pedro Bial
                                   Um mercador da ilusão
                                   Junto a poderosa Globo
                                   Que conduz nossa Nação
                                   Eu lhe peço esse favor:
                                   Reflita no seu labor
                                   E escute seu coração.

                                   E vocês caros irmãos
                                   Que estão nessa cegueira
                                   Não façam mais ligações
                                   Apoiando essa besteira.
                                   Não deem sua grana à Globo
                                   Isso é papel de bobo:
                                   Fujam dessa baboseira.

                                   E quando chegar ao fim
                                   Desse Big Brother vil
                                   Que em nada contribui
                                   Para o povo varonil
                                   Ninguém vai sentir saudade:
                                   Quem lucra é a sociedade
                                   Do nosso querido Brasil.

                                   E saiba, caro leitor
                                   Que nós somos os culpados
                                   Porque sai do nosso bolso
                                   Esses milhões desejados
                                   Que são ligações diárias
                                   Bastante desnecessárias
                                   Pra esses desocupados.

                                   A loja do BBB
                                   Vendendo só porcaria
                                   Enganando muita gente
                                   Que logo se contagia
                                   Com tanta futilidade
                                   Um mar de vulgaridade
                                   Que nunca terá valia.

                                   Chega de vulgaridade
                                   E apelo sexual.
                                   Não somos só futebol,
                                   baixaria e carnaval.
                                   Queremos Educação
                                   E também evolução
                                   No mundo espiritual.

                                   Cadê a cidadania
                                   Dos nossos educadores
                                   Dos alunos, dos políticos
                                   Poetas, trabalhadores?
                                   Seremos sempre enganados
                                   e vamos ficar calados
                                   diante de enganadores?

                                   Barreto termina assim
                                   Alertando ao Bial:
                                   Reveja logo esse equívoco
                                   Reaja à força do mal…
                                   Eleve o seu coração
                                   Tomando uma decisão
                                   Ou então: siga, animal…

                                   FIM

                                   Salvador, 16 de janeiro de 2010.