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Tive contato pela primeira vez com Lawrence, em 2005, quando ele já estava na 46ª Vara Cível, no movimento de greve contra o PCS da Administração e pela criação da data-base. Ali, mesmo contrário à deflagração da greve,ele acatou a decisão da assembléia e a fez. E assim foi na maioria das vezes (nos movimentos de 2006 e 2007, ainda no fórum central, bem como no movimento de 2008, este último no fórum de Angra dos Reis), mesmo discordando, aceitando a decisão da maioria. Preferindo errar com a maioria, do que acertar sozinho. Depois, estivemos juntos diversas vezes: na chapa 2 Radicais e Livres - Oposição de Esquerda, em 2006; na produção da revista teórica Contra Legen, do Centro de Estudos Socialistas dos Trabalhadores do Judiciário, que produzimos sobre a privatização no TJ, em 2006 e 2008; no III Congresso do SINDJUSTIÇA, como delegados do Movimento de Oposição Serventuária - MOS, quando foi acometido de duas crises de epilepsia, enfermidade que o atingia desde os 11 anos de idade, e agora como nosso apoiador (da chapa 2 - MOS), funcionando como mesário na urna de Madureira, diga-se de passagem, um dos pouquíssimos mesários da própria categoria. Seu espírito rebelde e inquieto se manifestou com mais força no TJ, quando em 2006, juntos com os colegas da 46ª Vara Cível, pediram REMOÇÃO COLETIVA para combater o Assédio Moral, movimento, que diga-se de passagem, foi vitorioso. Anarquista, desde os tempos de movimento estudantil da Filosofia do IFCH da UFRJ, me presentou com um livro de Proudhon (A propriedade é um roubo. Sem dúvida, apesar de não ser anarquista (que criminosamente é confundido com bagunça), tenho que reconhecer que o sindicalismo, quando era conduzido pelos anarquistas, era mais democrático, sem aparelhamentos, sem interesses materiais ou pessoais e sem subserviências aos empregadores, apostando sempre no processo permanente de conscientização e na luta direta. Fica, por fim, a imagem de um jovem de 33 anos, que se foi precocemente, que também incentivava movimentos culturais e que antes de entrar no Judiciário quase conseguiu escalar o Aconcagua. Enfim, um espírito crítico e libertário demais para a estrutura carcomida que trabalhamos, onde aprisionam nossos corpos, cooptam as nossas consciências, em que pessoas adoecem, e jovens se tornam mais velhos do que os próprios velhos. Por tudo, amigo, companheiro, guerreiro, em que pese muitas vezes as discussões ríspidas que tivemos, sem meias-palavras, ficará a minha saudade e o meu muito obrigado. Companheiro Lawrence, presente! ALEX (14ª Vara Cível do Fórum Central) - MOS | ||
Centro Socialista de Trabalhadoras/es do Judiciário, entidade de luta sindical democrática e participativa, de braços dados com outros movimentos sociais. Buscamos congregar a classe trabalhadora do TJ-RJ (serventuária, terceirizada ou estagiária), solidarizando-se com o povo como um todo contra os desmandos do Estado e do Capital.
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sábado, 24 de outubro de 2009
A UM AMIGO QUE SE FOI
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