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domingo, 1 de junho de 2014

Assembleia quinta-feira 05/06/2014, 18h, na sede do Sind-justiça

(por: Alex Brasil*)

a)Contra a avaliação de desempenho do novo estatuto
A direção do sindicato tem convocado assembleias locais para a paralisação no dia 11 de junho, um dia antes de o Brasil estrear na Copa do Mundo. Sem nenhuma preparação, em uma categoria que não se caracteriza por movimentos paredistas com boa adesão, o chamado vem tardiamente, depois de uma onda de greves que envolveu professores, vigilantes, rodoviários e garis, estas duas últimas por fora das entidades sindicais.
SOMOS A FAVOR DE PARAR, SIM, mas não por uma pauta menor e sim contra a Avaliação de Desempenho, prevista no novo Estatuto que está sendo parido por essa Administração, que FLEXIBILIZARÁ A NOSSA ESTABILIDADE. O projeto desde a Administração Zveiter (que quer voltar) é diminuir o número de servidores concursados, com a digitalização dos processos. Em um ano e meio da gestão da desembargadora Leila Mariano, a nossa categoria diminuiu mais de mil colegas, fato inédito no TJ-RJ, sem chamar o mesmo número de concursados, e vai, com a provável criação de um novo Plano de Incentivo à Aposentadoria (PIA, um PDV disfarçado, sugestão da entidade sindical), enxugar mais.
A política do sindicato  em pulverizar, em assembleias locais, a assembleia geral em que deveria ser debatido este grave ataque, não ser feita a correta discussão sobre a criação de um fórum unitário como a Assembleia do Grande Rio  caiu como uma luva para a Administração do TJ, que pode, inclusive, se aproveitar da transferência de 44 Varas Cíveis para a Cidade Nova para anunciar o seu anteprojeto de Estatuto. Comenta-se que o objetivo é chegar a 5000 servidores nas futuras administrações. Em um contexto de crise da economia mundial, onde países como a Espanha aplicam a avaliação de desempenho, para enxugar o número de funcionários públicos, tudo é possível.
Estranheza nos causa o silêncio do sindicato e o fato de um coordenador geral do sindicato, Alzimar Andrade, ter defendido, quando candidato em 2009, a avaliação de desempenho e no congresso da entidade, em setembro último, dizer-se favorável a esta medida do Estatuto. A quem serve esse senhor?

b)Pela rejeição das contas sindicais de 2013!
Sem comunicar ao primeiro Conselho Fiscal do Sind-justiça independente, que não é “chapa branca”, a direção do sindicato iniciou o calendário de assembleias locais para aprovar suas contas. Em locais que ficam distantes seis horas dos locais de trabalho dos conselheiros sem pedir a liberação do ponto destes, para que pudessem estar presentes nesses eventos, a coordenação sindical aprovou, pela segunda vez na história do Sind-justiça, suas contas de forma ILEGAL, SEM O PARECER DO CONSELHO FISCAL.
A ausência do Princípio do Contraditório é própria dos Estados de Exceção, dos regimes fascistas. Muitos pontos obscuros do relatório do Conselho Fiscal sobre o exercício de 2013 foram apontados (recibos e gastos questionáveis, licitações não estabelecidas) e este foi enviado aos e-mails de algumas serventias, dirigidos aos escrivães e REs, para que os sindicalizados tivessem a possibilidade de acesso a ele, única forma encontrada de se socializar o debate.
Por essa medida, a Coordenação Sindical quer acionar o Conselho Fiscal na Comissão de Ética, quando ela é que deveria ser acionada por descumprimento do estatuto. O intuito é acabar dentro do sindicato com qualquer organismo que questione, como já foi feito com a própria Comissão de Ética, com Congresso e com o Conselho de Delegados Sindicais. Por que o medo da divergência? Alguma coisa a ver com a posição de coordenadores sindicais a favor da flexibilização da estabilidade?
Por fim, anteriormente, a falta de fiscalização nas contas sindicais gerou que, por duas vezes, a entidade sindical sofresse auditorias e o caso fosse encaminhado ao MP (Ministério Público). Além disso, novamente na irregularidade, a Coordenação Sindical, mais uma vez, não realizou as duas assembleias de prestação de contas por exercício prevista no Estatuto Sindical, assim como não avisou o Conselho Fiscal do orçamento de 2014.
Diante desse quadro de irregularidades, da ausência de transparência do debate, somos pela rejeição das contas sindicais de 2013.


(A sede do Sind-justiça fica na Travessa do Paço, 23, 13º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ.)

*Alex Brasil é membro do MOS - Movimento de Oposição Serventuária

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