Ou enfrentamos Pezão e
cia.,
ou perderemos mais
direitos
O ano começou sem que tenhamos
qualquer definição para o reajuste de 2015. Pior: o governador anuncia uma
série de medidas para retirar mais direitos dos servidores públicos. Ao mesmo
tempo, concede benefícios fiscais a diversas empresas enquanto deixa os hospitais
à míngua. É um filme que se repete com governos favorecendo empresários e
retirando direitos dos trabalhadores. A questão é saber se vamos ficar
assistindo a tudo passivamente, esperando um salvador da pátria, ou se vamos
ter algum tipo de protagonismo nessa história.
O Governador Pezão concedeu generosos
benefícios a empresários de diversos ramos. No setor de bebidas, para ficar bem
com todas as marcas, tanto a Ambev (Brahma, Skol, Antártica) como a Cervejaria
Petrópolis (Itaipava) foram beneficiadas. Também o ramo de transportes segue
sendo beneficiado, não só com o aumento da tarifa, mas com benefícios que vão
desde o empréstimo de 39 milhões para a Supervia com o aval da ALERJ; a compra
de novas barcas com dinheiro público para a CCR lucrar mais e obras no metrô
que visam, em primeiro lugar, ser fonte de muito lucro para a concessionária desse
serviço.
Já aos servidores, Pezão reservou um
pacote de medidas que vão desde o parcelamento de seus vencimentos e do 13º
salário, passando por uma proposta de aumento na alíquota da contribuição
previdenciária e uma nova Reforma da Previdência, em conluio com o Governo
Federal, jogando a conta da “crise” nas costas dos trabalhadores. Ao Judiciário
pretende passar a conta dos proventos das aposentadorias e pensões para dentro
do limite de 6% da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que vai estourá-lo.
Teríamos, pelo menos, 05 anos de congelamento de salários para adequar a Folha
de Pagamento novamente àquele percentual.
Depois da promessa não cumprida pela
administração do tribunal de valorização do serventuário, vimos que a proposta
de reajuste caiu no esquecimento – isso joga por terra o delírio de alguns de
que os empréstimos do TJ ao Executivo nos beneficiariam. Ao mesmo tempo, a
magistratura receberá 16,8% de aumento este ano. A crença de uma boa vontade do
TJ para com os seus servidores, alimentada pela direção
sindical, não se esvai para alguns, mesmo com a redução de cargos efetivos que
visa extinguir o Analista Judiciário e a pouquíssima convocação de novos
concursados.
Vai ser preciso muita unidade dos
servidores públicos para enfrentar todas essas medidas de ataques aos nossos
direitos. Também vai ser preciso muita luta para reverter esse quadro onde
mídia e governos querem que os trabalhadores paguem a conta de uma “crise” que
não é nossa. Para os servidores do Judiciário vai ser preciso uma dose extra
para superar o corporativismo, uma vez que não somos uma ilha, e a crença de
que o TJ e seus administradores são nossos parceiros.
A luta é de todos contra uma política
que se não debelarmos seremos engolidos pelos nossos algozes. Não podemos
deixar que eles tirem o nosso sossego. Vamos para cima deles com todas as
nossas forças. Vamos exigir os nossos direitos e o fim desse governo. Temos que
colocá-los na defensiva gritando alto e em bom som: FORA PEZÃO E TODOS OS SEUS
ASSECLAS!
Todos ao ato do dia 03/02/16, às 15
horas, na ALERJ.