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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Ou enfrentamos Pezão e cia.,
ou perderemos mais direitos

O ano começou sem que tenhamos qualquer definição para o reajuste de 2015. Pior: o governador anuncia uma série de medidas para retirar mais direitos dos servidores públicos. Ao mesmo tempo, concede benefícios fiscais a diversas empresas enquanto deixa os hospitais à míngua. É um filme que se repete com governos favorecendo empresários e retirando direitos dos trabalhadores. A questão é saber se vamos ficar assistindo a tudo passivamente, esperando um salvador da pátria, ou se vamos ter algum tipo de protagonismo nessa história.
O Governador Pezão concedeu generosos benefícios a empresários de diversos ramos. No setor de bebidas, para ficar bem com todas as marcas, tanto a Ambev (Brahma, Skol, Antártica) como a Cervejaria Petrópolis (Itaipava) foram beneficiadas. Também o ramo de transportes segue sendo beneficiado, não só com o aumento da tarifa, mas com benefícios que vão desde o empréstimo de 39 milhões para a Supervia com o aval da ALERJ; a compra de novas barcas com dinheiro público para a CCR lucrar mais e obras no metrô que visam, em primeiro lugar, ser fonte de muito lucro para a concessionária desse serviço.
Já aos servidores, Pezão reservou um pacote de medidas que vão desde o parcelamento de seus vencimentos e do 13º salário, passando por uma proposta de aumento na alíquota da contribuição previdenciária e uma nova Reforma da Previdência, em conluio com o Governo Federal, jogando a conta da “crise” nas costas dos trabalhadores. Ao Judiciário pretende passar a conta dos proventos das aposentadorias e pensões para dentro do limite de 6% da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que vai estourá-lo. Teríamos, pelo menos, 05 anos de congelamento de salários para adequar a Folha de Pagamento novamente àquele percentual.
Depois da promessa não cumprida pela administração do tribunal de valorização do serventuário, vimos que a proposta de reajuste caiu no esquecimento – isso joga por terra o delírio de alguns de que os empréstimos do TJ ao Executivo nos beneficiariam. Ao mesmo tempo, a magistratura receberá 16,8% de aumento este ano. A crença de uma boa vontade do TJ para com os seus servidores, alimentada pela direção sindical, não se esvai para alguns, mesmo com a redução de cargos efetivos que visa extinguir o Analista Judiciário e a pouquíssima convocação de novos concursados.
Vai ser preciso muita unidade dos servidores públicos para enfrentar todas essas medidas de ataques aos nossos direitos. Também vai ser preciso muita luta para reverter esse quadro onde mídia e governos querem que os trabalhadores paguem a conta de uma “crise” que não é nossa. Para os servidores do Judiciário vai ser preciso uma dose extra para superar o corporativismo, uma vez que não somos uma ilha, e a crença de que o TJ e seus administradores são nossos parceiros.
A luta é de todos contra uma política que se não debelarmos seremos engolidos pelos nossos algozes. Não podemos deixar que eles tirem o nosso sossego. Vamos para cima deles com todas as nossas forças. Vamos exigir os nossos direitos e o fim desse governo. Temos que colocá-los na defensiva gritando alto e em bom som: FORA PEZÃO E TODOS OS SEUS ASSECLAS!

Todos ao ato do dia 03/02/16, às 15 horas, na ALERJ.

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