Todo ano quando chega o momento de se reajustar os salários dos servidores temos uma desculpa para não recebermos aquilo que nos é de direito.
Em tempos passados era o limite de 6% da arrecadação estadual. Contas eram feitas e refeitas para no final ficarmos com reajustes aquém de nossas perdas salariais.
Neste ano inovaram. Já não é mais o limite de 6% a nos impedir um reajuste, mas a crise financeira do Estado.
Pintam uma quadro alarmante. Fazem terrorismo com o 13º, com a situação dos outros Estados. Repetem mil vezes o mesmo discurso e pronto: conseguem incutir na cabeça dos servidores que dessa vez não dá para sair do atoleiro.
Mas o mesmo Estado em crise paga milhões a banqueiros, às concessionárias sanguessugas como CCR-Barcas, MetrôRio, etc.
Até a aprovação de auxílio-educação para promotores aposentados surgiu em meio à crise (os juízes devem estar morrendo de inveja).
Sem contar o novo salvador da pátria, quer dizer, dos serventuários, o Presidente do TJ. Isso me fez lembrar o ex-presidente Zveiter que dizia que aqueles saíram do TJ para a Justiça Federal iriam se arrepender. O arrependimento bateu, mas foi de não ter ido antes.
Servidores acreditaram (e foram induzidos a isso) de que teriam a equiparação com o Judiciário Federal. Depois alguns acreditaram na equiparação com o MP que no ano passado aumentou a diferença sobre nós em 5%.
Aí veio a história de um novo PCCS, o próprio presidente afirmando na Praça 11 que o reajuste seria em torno de 8% até que o Governador do Estado decretou que ninguém teria reajuste.
Nessa hora todos ficaram atônitos. Boatos foram plantados e o bode, de novo, foi colocado na sala.
Algumas categorias, como os professores, iniciaram uma reação. Têm feito assembleia geral e paralisação também.
Há muito mais que uma crise, um novo presidente salvador e ilusões semeadas na categoria.
E uma coisa insiste a nos rondar na hora do reajuste: a desculpa da vez.
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