Existem mais de 1.600 cargos vagos no TJ/RJ. Em março e abril, os concursados de 2021 fizeram várias manifestações no Fórum Central, reivindicando a sua convocação. Porém, o concurso não foi prorrogado. Indagado o porquê de não terem sido chamados os concursados, a Administração do TJ/RJ disse que a carência reclamada nas serventias é “problema de gestão”. Ou seja, não tem carência de pessoal, o problema passa pelos gestores das serventias, que não aproveitam bem a mão de obra disponível.
Os gestores de plantão vendem a falácia de que a IA prescindirá do
trabalho humano. Tudo conversa fiada! Na verdade, combinado ao avanço
tecnológico virá um aumento da exploração do trabalho, intensificando-se a
produtividade dos servidores que sobraram (a chamada polivalência, um servidor
faz a função de três) e estendendo as jornadas de trabalho, ora dos
trabalhadores presenciais, ora dos trabalhadores à distância.
Além disso, a Administração do TJ-RJ segue com os expedientes extras, como o GEAP-C, o abono permanência para os servidores em condições de se aposentar (vulgo pé na cova), as compras de tempos livres dos servidores (férias e licenças prêmio) e a tal da recém-criada “Força-Tarefa”. Sinal de que precisa urgentemente de pessoal, ao contrário do que ela própria afirma. Uma verdade escancarada que os mandatários desse Poder e os engravatados que se venderam para o lado escuro da força tentam negar na cara dura.
Um exemplo de como essa situação está colocada no horizonte para o RIOPREVIDÊNCIA, é a atual situação do fundo de previdência público dos servidores municipais do Rio de Janeiro, o PREVI-RIO, que apontou um déficit atuarial em 2022 de 35 bilhões, pela diminuição da arrecadação. É preciso falar mais do risco que estamos correndo?
(Publicado no Jornal Boca Maldita nº 121 - RJ, maio/2024, informativo do CESTRAJU, Centro Socialista de Trabalhadores do Judiciário)
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