Infelizmente,
a resposta da entidade sindical foi a de não alertar sobre o que estava
acontecendo no tribunal fluminense e no Judiciário brasileiro, se preocupando
em ter resultados no “varejo”, quando o “atacado” estava desmoronando. E o que
é pior: a direção sindical apostou no
“toma lá, dá cá”, aceitando, por exemplo, em 2022, a extinção de mais de dois
mil cargos, sob o pretexto de reenquadramento dos servidores.
Agora, veio a
bomba de que os Secretários I e II podem ser preenchidos por extraquadros,
conforme publicação da Administração do TJ na imprensa oficial. A direção
sindical sequer convocou um ato em repúdio ao ocorrido, mas foi eficaz, como
sempre, no sentido de atacar nas redes sociais, quem lhe cobrava uma atitude. Lamentavelmente,
uma parte expressiva dos serventuários continua aplaudindo esse comportamento
da direção sindical.
Em silêncio, a
mesma direção sindical pensa em propor ao Poder a extinção de mais de mil
cargos vagos para haver um reajuste em 2025. Com certeza, a ideia encontrará
respaldo no mesmo setor de serventuários, que só pensa no imediato e que não
enxerga que com a diminuição contínua de servidores (que será alavancado pela
implantação da Inteligência Artificial), o regime de solidariedade do
RIOPREVIDÊNCIA será comprometido, podendo prejudicar os pagamentos futuros das
aposentadorias.
Enfim,
enganam-se aqueles que acham que a “poeira abaixou”. A privatização da força de
trabalho via Secretários I e II e tudo que ela pode trazer (nepotismo cruzado,
envolvendo até mesmo a ALERJ) é somente a ponta do iceberg. Os Responsáveis
pelo Expediente e Secretários III e IV são a “próxima bola da vez”, apesar do
Presidente do TJ e a direção do SINDJUSTIÇA assegurarem que não.
E aí, você que está focado na venda de seus
direitos como licenças e férias e/ou preocupado no advento de um novo PIA: vai
pagar para ver, sem reagir, o final dessa crônica, que já sabemos que será de
uma morte anunciada?
(Publicado no Jornal Boca Maldita nº 122, RJ, julho/2024.)
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