Título: RS: Brigada Militar espanca e hospital é orientado a não atender manifestantes
Fonte : Brasil de Fato
Data de Publicação :19/8/2009
Na cidade de São Gabriel, no estado do Rio Grande do Sul, 250 sem-terra ocuparam a prefeitura do município, na última quarta-feira (12). Eles queriam denunciar a falta de direitos básicos, como saúde e educação, para 400 famílias assentadas na região. A resposta ao protesto veio de forma violenta — durante a retirada dos manifestantes, a Brigada Militar deixou ao menos 50 pessoas feridas, sendo que 15 precisaram ser atendidas no hospital.
A coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Nina Tonin, relata a condição das famílias: “Desde dezembro do ano passado, cerca de 650 famílias foram assentadas no município. Até o momento, tivemos graves problemas de saúde. Três crianças morreram por falta de atendimento médico. Além disso, cerca de 400 crianças em idade escolar estão perdendo o ano letivo”.
Para o MST, a Brigada Militar usou “tortura policial” na ação. Um “corredor polonês” foi montado para que os manifestantes levassem socos e chutes dos policiais. Nina relembra o episódio: “A polícia utilizou armas do tempo da ditadura militar. Usaram pistolas que davam choque em contato com o corpo das pessoas, fazendo-as desmaiar de dor. Tivemos que acionar o Comitê Contra a Tortura para pressionar o hospital da cidade a liberar os boletins de atendimento”.
Segundo Nina, houve uma determinação para que os feridos não fossem atendidos no hospital, onde foram feitos apenas cuidados médicos rápidos. O hospital nega que recebeu essa orientação.
Esta não é a primeira vez que acontece repressão no Rio Grande do Sul. Sindicatos, movimentos estudantis, indígenas e sem-terra acreditam que ocorre criminalização dos movimentos sociais no estado.
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Gostei Muito ! É um tipo de noticia que não lemos nos jornais tendenciosos da grande imprensa. Mais uma vez os movimentos sociais pacificos com reivindicaçoes necessarias são massacrados
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