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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

AGENDA DO CCOB - NESTE SÁBADO - 28/10/09. INVISTA EM CULTURA, COMPAREÇA!

CENTRO CULTURAL OCTAVIO BRANDÃO
 
CINECLUBE
 
APRESENTA
 
“Cartola, música para os olhos”

Documentário produzido sob a direção de Lírio Ferreira e Hílton Lacerda, em 2006, com duração de 86 minutos, procura relatar a trajetória de Angenor de Oliveira, o genial Cartola.
Nascido em 1908, um mês depois da morte de Machado de Assis, no bairro de Laranjeiras, Mestre Cartola, descendentes de escravos, tricolor de coração”,  aprendeu a tocar violão e a vida sozinho. Órfão de mãe cedo, rejeitado pelo pai, Cartola tomou gosto pela boemia e como pedreiro foi parar no Morro de Mangueira, onde fundou a mais tradicional escola de samba de todos os tempos, a Estação Primeira de Mangueira, em 1928 (ou 1929, como insistem os historiadores, contrariando o fundador).
Cartola podia não ter ideologia, mas era bastante ético como registram os seus biógrafos Marília Barboza da Silva e Arthur de Oliveira Filho. E como aportou Villa-Lobos, sem ter estudado música, foi músico genial. Assim como atestou Carlos Drummond de Andrade, sem ter estudado literatura, Cartola foi poeta maior.
Esquecido nos meados dos anos cinqüenta, Cartola foi redescoberto por Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, lavando carro. Mesmo “voltando à cena”, o “Mestre” foi cortado em disputa de samba-enredo na Mangueira, no início dos anos sessenta , ainda que tivesse na parceria o ferroviário  e extraordinário Carlos Cachaça. E seu antológico samba “Tive Sim” foi vaiado em festival da tevê Record, em 1967. No intervalo da disputa na Mangueira e o festival de samba, junto com a sua última companheira, Zica, Cartola foi responsável pelo restaurante Zicartola, na rua da Carioca, que revelou nomes como Paulinho da Viola e Élton Medeiros.
Tardiamente, Cartola só gravaria o seu primeiro disco, aos 65 anos, sendo necessária a criação de uma gravadora, a Marcos Pereira para a realização de tal intento.
No final da vida, Cartola renderia homenagens a Quilombo, escola alternativa fundada por Mestre Candeia, reconhecida por ele como a última agremiação verdadeira. Também participaria do histórico desfile da Estação Primeira de Mangueira, em 1978, em homenagem ao cinqüentenário  da verde-rosa, se fantasiando, com a Velha Guarda, de carroceiros do Imperador Pedro II (os primeiros moradores do morro de Mangueira). A “Manga”, com o emocionante samba de Jurandir e Rubens (“Canto a minha história/ de um celeiro de bamba/ cinqüenta anos de glória/ estão no Palácio do Samba), mesmo com o uníssono coro de “Já ganhou!”, foi literalmente “garfada” pela Beija-Flor do trio Joãosinho Trinta/Aniz Abrahão David/Laíla, ficando com o injusto vice-campeonato.
Mestre Cartola nos deixaria em 1980, vítima de câncer. Sobre ele ainda escreveria Drummond: “Alguns, como Cartola, são trigo de qualidade especial. Servem de alimento constante. A gente fica sentindo e pensamenteando sempre o gosto dessa comida”.
Mesmo que o documentário “Cartola, música para os olhos”, tenha gerado fortes polêmicas entre João Máximo e Nélson Motta (com muitas razões, obviamente, para o primeiro), ele não deixa de ser um importante registro sobre a obra do inesquecível sambista, além de nortear o evento do Centro Cultural Octávio Brandão, em homenagem ao “Dia Nacional do Samba” (02 de dezembro), quando alguns só estão pensando em faturar com o mesmo.
 
 
NESTE SÁBADO - 28/11 - 16 HORAS

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