O GOVERNADOR DEMOLIDOR, AGORA QUER DEMOLIR O MUSEU DO ÍNDIO! Vê se pode uma coisa dessas?

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Defensoria Pública entra com ação contra a demolição do Museu do Índio

25 de outubro de 2012 | Arquivado em: Rio de Janeiro | Escrito por: Cida Alves

Foto: Divulgação

A Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU/RJ) entrou com uma Ação Civil Pública com o pedido de preservação e recuperação do prédio histórico do Antigo Museu do Índio, localizado próximo do Maracanã. O pedido de tombamento foi feito após a divulgação do projeto que prevê a demolição do Museu. Segundo o defensor público federal André Ordacgy, há dois anos tentam impedir que o imóvel seja demolido. 

Na última segunda-feira (22), o Governo do Rio publicou a convocação para a audiência pública, na qual apresenta o modelo da concessão do Complexo do Estádio do Maracanã. No edital há esclarecimentos sobre as exigências que deverão ser adotadas pela empresa que assumir, em 2013, a responsabilidade de administrar o estádio.

Entre as normas, está a derrubada do Museu do Índio. Na ocasião, o secretário da Casa Civil, Regis Fitchner confirmou a demolição do espaço e disse que o local será reparado para a circulação de pessoas e ainda, que parte da área servirá para a construção do Museu do Futebol, antes da realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014.

Atualmente, o local é ocupado por índios de diversas etnias, mas que deverão desocupar o imóvel. Segundo o Ministério Público, foi enviado para a Justiça Federal o pedido da liminar para que o Estado seja obrigado a impedir a demolição do prédio histórico. 

A DPU alega que o prédio é totalmente recuperável e não há nenhum obstáculo ao seu tombamento. De acordo com o defensor público federal André Ordacgy, autor da ação, “o Crea concluiu que a manutenção do prédio histórico não atrapalharia em nada o projeto de reforma do Maracanã, uma vez que, pelo tamanho da construção, pelo espaço que ela ocupa no terreno e pela sua distância do estádio, não teria como ocasionar problemas na dispersão do público, pois o espaço subjacente é mais do que suficiente para esse fim”.