FONTE: JB ON LINE
Rio
Apesar da chuva, cariocas comemoram o Dia da Consciência Negra
Em seguida, apesar da chuva que teima em cair, formou-se uma animada roda de capoeira, a qual o público acompanhou com palmas e cantando.Para Paulo Roberto dos Santos, presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine), este é um dia 20 muito especial, pois não faltam motivos para comemorar. Ele destaca a posse do primeiro presidente negro do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, dia 22; o tombamento do prédio Docas Dom Pedro II – patrimônio histórico da população negra, em frente ao Cais do Valongo -; os 9 anos da Lei 10.639, sobre a obrigatoriedade do ensino da África e da cultura afro-brasileira na educação do Brasil; e, em especial, a entrega, no dia 1º de março, no Palácio Guanabara, do Registro Geral de Imóveis (RGI) aos moradores do quilombo Preto Forro, em Cabo Frio.
“A segurança jurídica garantida aos moradores do Preto Forro é a renovação da esperança de remanescentes quilombolas. No Brasil estão registradas cerca de 3 mil comunidades, mas só 110 foram tituladas até o momento. No estado do Rio, somente duas, restam outras 34. As comunidades quilombolas são locais onde estão herdeiros de uma resistência histórica, merecem respeito, mais carinho, ao invés de se tornarem alvos de grileiros ou da especulação imobiliária", disse.
A celebração ainda contará com grupos de afoxé, rodas de baianas e com a apresentação da Unidos de Vila Isabel, que relembrará o emblemático samba-enredo 'Kizomba, a festa da raça', do carnaval de 1988. Até as 13h, o Centro do Rio será um local de muita alegria, cor, música e religiosidade, a fim de reforçar o valor da cultura negra e sua contribuição para o crescimento da nação.
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