Nota: Matéria retirada do sítio do Sind-Justiça
Data de Publicação : 03/12/2009
CASO WIDER: COMEÇAM OS TRABALHOS DA CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) um suposto esquema de extorsão a prefeitos e candidatos nas eleições de 2006 e 2008 — e que seria operado pelo lobista Eduardo Raschkovsky — foi instalada ontem (02/12). Raschkovsky será o primeiro a depor, na próxima quarta-feira.
A CPI também vai pedir ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) processos de políticos que tiveram os registros de candidatura impugnados em primeira instância nos dois últimos pleitos. Um disque-denúncia está sendo criado para ajudar a CPI. O corregedor-geral do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Roberto Wider, está na lista para ser ouvido, mas não há prazo para que isso ocorra.
Licenciado do cargo, após as denúncias do jornal O Globo, Wider era, na época, presidente do TRE-RJ. Raschkovsky utilizava suas relações no Judiciário fluminense — entre elas a amizade com Wider — para oferecer blindagem a políticos em processos eleitorais em troca de vantagens financeiras. Os valores chegaram a pelo menos R$ 10 milhões. “O depoimento de Raschkovsky é fundamental. Vamos notificá-lo amanhã (hoje). Apesar de ser o primeiro, poderemos convocá-lo outras vezes ao longo das investigações. Ao mesmo tempo, toda a documentação enviada pelo TRE-RJ vai ser analisada para sabermos como foram tomadas as decisões”, adiantou o presidente da CPI, Paulo Ramos (PDT).
Também vão ser chamados para depor políticos procurados por Raschkovsky e advogados do escritório L. Montenegro Associados, administrado pelo lobista. Outra convocada será a juíza Márcia Cunha, da 2ª Vara Empresarial. Em 2006, Márcia denunciou que Raschkovsky oferecera dinheiro para seu marido se tornar consultor do grupo Opportunity. Ela disse que o lobista era conhecido por "lustrar os sapatos nos tapetes vermelhos" do Tribunal.
A CPI tem prazo de 90 dias para concluir o trabalho, que pode ser prorrogado por mais 60. A comissão é formada ainda pelos deputados André Correa (PPS), que será o relator, Paulo Mello (PMDB) e Gilberto Palmares (PT). Os suplentes são Mario Marques (PSDB) e Audir Santana (PSC). (informações do O Globo)
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