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domingo, 6 de dezembro de 2009

RIO DE JANEIRO: FIM DA GREVE DO JUDICIÁRIO FEDERAL ( TRFS. TRT, TRE )

Matéria retirada do sítio do SISEJUFE  (RIO DE JANEIRO) 

"Qui, 03 de Dezembro de 2009 18:14
Servidores do TRT comemoram a vitória na primeira batalha

Categoria se mantém em estado de greve, mas avaliação é de que os servidores ganharam o primeiro round na luta pela revisão salarial

No décimo primeiro dia após a decisão de entrar em greve por tempo indeterminado, os servidores do Judiciário Federal decidiram suspender o movimento no Rio de Janeiro. A vitória na primeira batalha pela revisão salarial foi vencida ontem, quarta, 2 de dezembro, com a aprovação no Supremo do anteprojeto que, agora, vai tramitar no Congresso Nacional. Nesta quinta, 3 de dezembro, o sindicato promoveu cinco assembleias setoriais que ratificaram a orientação de suspender o movimento grevista e entrar em estado de greve.
TRT: participantes aplaudem as boas notícias

Uma das vanguardas da vitoriosa greve do Judiciário Federal no Rio, os servidores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) aprovaram por unanimidade suspender a paralisação. Mais de 80 servidores participaram da reunião, às 10h, em frente ao prédio da rua do Lavradio, no Centro, e ouviram atentamente os informes e os esclarecimentos a respeito da nova proposta de reajuste passados pela direção do Sisejufe. O anteprojeto aprovado pelos ministros dos tribunais superiores na noite do dia 2 de dezembro traz, entre outras conquistas, um reajuste de 56,42% sobre o vencimento básico e a manutenção da progressão funcional anual. A nova proposta deverá ser enviada pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, até a próxima segunda-feira (7/12) ao Congresso.


“O Supremo fechou a proposta e vai enviar o projeto com medo da nossa greve. Os ministros temiam que a paralisação comprometesse a Semana Nacional de Conciliação que está para acontecer, assim como a Meta 2 ficou prejudicada pelo nosso movimento. Nós demos um xeque-mate no STF!”, declarou

Ponciano: acabou o mito de que o TRT não se mobiliza

O dirigente sindical ressaltou que o ministro Gilmar Mendes tentou desmerecer a greve. Na sessão administrativa do Supremo, Mendes afirmou que não enviaria a proposta pelo fato de os servidores estarem de braços cruzados para não configurar que ele teve de ceder. Já o ministro Marco Aurélio Mello defendeu os que não participaram da greve, atribuindo a estes a necessidade do envio da revisão salarial. “Alguém tem dúvidas de que o projeto será enviado por causa da greve? Só os ministros do Supremo acham que não. Você, servidor que participou da mobilização está garantindo o salário do colega que furou o movimento e não parou”, afirmou Ponciano.


Ponciano lembrou que o projeto contém pontos que poderão ser alterados durante a tramitação no Congresso, como a permanência de um subtetos para o final de carreira dos analistas. Segundo ele, mesmo não tendo influência alguma sobre os salários dos servidores deverá ser combatido pelo seguinte motivo: “Representa uma interferência da Frente de Magistrados que foi contra o nosso aumento. Vamos lutar para vetar o artigo o subteto”, afirmou.

Willians Faustino: vencemos o medo que havia de se participar da greve

Os diretores do sindicato Willians Faustino e Nilton Pinheiro, ambos servidores do TRT, enalteceram a participação dos funcionários do tribunal na greve. “Vencemos com o envio da proposta, mas vencemos também o medo que havia de participar. É uma grande vitória do pessoal do TRT. Fomos a ponta de lança da greve. É um grande saldo do movimento”, disse Faustino, referindo-se aos 350 servidores do TRT que estiveram na passeata de mais de mil pessoas no dia 26 de novembro. Para Ponciano, o trabalho intenso da direção não será perdido no TRT. “Não existe mais o mito de que o TRT não se mobiliza”, garantiu.
Nilton Pinheiro: agradecimento ao empenho dos colegas do TRT

A diretora do Sisejufe, que também coordena o Núcleo de Aposentados e Pensionistas, Lucilene Lima Araújo de Jesus não conteve a emoção. Disse que se sentia orgulhosa todas as vezes que olhava a lista de presença que, em alguns dias, teve mais de 200 assinaturas. “Chorava muito quando chegava em casa depois de um dia duro de greve e vendo que colegas estavam enfrentando chefes e colegas que não participaram da mobilização”, disse ela. Roberto Ponciano frisou que Lucilene teve uma atuação exemplar e que era “aposentada do TRT mas não inativa e assim são todos os que participam do Núcleo de Aposentados”. Os servidores presentes na assembleia aplaudiram longamente Lucilene, em reconhecimento ao seu empenho no movimento. Outros servidores também fizeram, ao microfone, um balanço desses dias de greve como o representante sindical de base David Cordeiro e os servidores do TRT Vinícius Lisboa da Costa e Sérgio Feitosa.

Lucilene: emoção e reconhecimento dos colegas pelo empenho


JF Venezuela e Rio Branco e TRE Sede


Às 13h, houve três assembleias simultâneas. Em frente à Justiça Federal da avenida Venezuela a reunião teve a presença de 64 servidores e foi comandada pelos diretores sindicais Ricardo de Azevedo Soares, Dulavim de Oliveira Lima Jr., João Souza da Cunha e Marcelo Neres. No mesmo horário, em frente à SJRJ na avenida Rio Branco, os diretores Og Carramilo Barbosa, Márcio Cotta e Marcos André Leite Pereira encaminharam a suspensão da greve para um quórum também de 60 servidores.

Og, Cotta e Marcos André: balanço final do primeiro round

De acordo com Og, a luta que se avizinha, no Congresso Nacional, será certamente mais dura do que esta que acaba de ser vencida porque a categoria terá de enfrentar a direita política e a mídia conservadora – que pregam o Estado mínimo e consideram os servidores públicos “privilegiados”. Og lembrou que, pela primeira vez, a categoria precisou fazer greve pelo envio de um projeto de revisão salarial ao Congresso e que isso foi consequencia da má vontade do presidente do Supremo, Gilmar Mendes, e da articulação da Frente Associativa dos Magistrados.

JF Rio Branco: votação majoritária pela suspensão da greve e por entrar em estado de greve

“Sabemos que foi um processo cansativo e que gerou algumas contrariedades com companheiros que falavam da greve, diziam que apoiavam, mas não estavam aqui. Portanto, a gente tem que ter consciência que o movimento, no ano que vem, tem que ser mais forte, mais coeso e muito mais consciente politicamente para que a gente obtenha a vitória”, analisou Og. O diretor do Sisejufe fez questão de destacar a atuação de alguns colegas nesses dias de greve: “Deveria citar muitos companheiros, como o Edson, a companheira Lourdes, mas em nome de processo de aprofundamento da nossa consciência política, eu gostaria elogiar a militância da nossa companheira Márzia Maranhão”, concluiu Og.

Márzia: para a diretoria do Sisejufe foi exemplo de mobilização

Em frente ao TRE, na avenida Presidente Wilson, os diretores Moisés Santos Leite e Valter Nogueira Alves deram os informes sobre a reunião de quarta à noite no STF e fizeram o balanço da greve. Valter apontou que, no Congresso, se deve trabalhar pela divisão do impacto orçamentário da revisão salarial em 3 ou 4 vezes, desde que não ultrapasse o período de janeiro de 2012. “Com isso estaremos contemplando a questão da Lei de Responsabilidade Fiscal”, frisou.

Moisés e Valter: mobilização terá de aumentar no ano que vem


O diretor do Sisejufe Moisés dos Santos Leite, que é servidor do TRE Sede, parabenizou os colegas que se entregaram ao movimento e estiveram presentes nas assembleias e na grande passeata do dia 26 de novembro. Ele destacou a postura da direção do tribunal que em nenhum momento obstruiu o movimento, ao contrário de outros fóruns. “Estou aberto a críticas para melhorar, sindicalista não é uma pessoa estranha, de outro mundo, eu sou um de vocês. Agora a nossa batalha muda e no Congresso Nacional talvez tenhamos que matar um leão por dia, para chegarmos até o final dessa luta com a vitória que a gente quer”, disse.

TRE Sede: grande maioria votou pela suspensão da greve neste momento

Às 17h, assembleia foi no TRF


No fim da tarde, foi a vez dos servidores do TRF, na rua do Acre, se reunirem para votar a suspensão do movimento grevista. A assembleia foi conduzida pela diretora sindical Mariana Liria que lembrou que se encerra “o primeiro momento da primeira batalha”. De acordo com Mariana, historicamente a categoria dos servidores do Judiciário Federal só conquista reajustes com muita mobilização. “Daqui pra frente não adianta a gente se enganar. Estamos saindo vitoriosos desse processo e é importante fazer essa avaliação, mas é a primeira etapa e depois dessa virão muitas. Por isso eu quero fazer um especial agradecimento a todos os colegas e acho que a gente está aqui hoje para comemorar e fazer a avaliação de que tudo isso não seria possível sem a articulação da categoria, sem a paralisação, sem a greve”, disse ela.

Mariana, Otton e Valter: superação de momentos difíceis e momento de comemoração


Mariana lembrou as dificuldades pelas quais passa um movimento grevista: “Houve dias em que a gente veio para cá, para nossa mobilização, sem um informe novo sequer. E o que a gente tinha pra dizer era que a nossa situação estava ruim e precisávamos manter a mobilização”. Agora, ela concluiu, é o momento de comemorar a primeira vitória nesta luta.

Rua do Acre: na última assembleia do dia, servidores do TRF também votaram por suspender a greve



Henri Figueiredo e Max Leone – Imprensa Sisejufe"

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