Rio
Um grupo de professores, funcionários e alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) se concentra em frente ao antigo Canecão, em Botafogo. Eles
realizam uma mobilização em apoio ao Comando Nacional da Greve (CNG) das
universidades federais que tem reunião marcada, na noite desta
quarta-feira (1), com representantes do Ministério do Planejamento, em
Brasília.
Segundo o professor Luis Acosta, 1º vice-presidente da Associação de Docentes
da UFRJ (ADUFRJ), a ideia era fazer uma vigília durante o encontro. A
organização preferiu adotar um tom festivo, realizando uma espécie de
luau no local:
"Temos música, uma mesa com frutas e faixas de protesto. É uma mobilização com caráter combativo, mas com alegria", explica.
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Acosta
critica o governo federal. Segundo ele, o Ministério do Planejamento já
ofereceu propostas de reajuste, mas não tem interesse em reestrutuar a
carreira docente, principal pleito dos grevistas:
"Já tivemos duas
reuniões com o governo anteriormente, mas as negociações avançaram
muito pouco. Nós queremos discutir a estrutura de nossa carreira. Ao
longo dos últimos anos, ela ficou completamente desestruturada. O
governo tem apresentado tabelas com salários, mas não uma estrutura de
carreira com degraus, com uma lógica para progredirmos", analisa.
Ele
ainda acredita que o governo tem se utilizado da mídia para esvaziar o
movimento e jogar os alunos contra os professores, espalhando notícias
falsas:
"Eles têm enganado a opinião pública. Dizem que
estão oferecendo até 40% de aumento. Mas esse valor seria apenas para
uma minoria e pago em três anos. Ou seja: esses receberiam um aumento
muito menor, descontada a inflação. E os demais apenas manteriam seu
poder de compra. Em alguns casos, teriam até perdas", argumenta.
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