Por VILSON - CAPITAL/ - 11ª em 10/02/2012
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Na iminência de uma greve de policiais e bombeiros e diante das notícias que chegam da Bahia, os poderes se uniram para evitar que um movimento paredista perturbasse a ordem vigente no nosso Estado.
O Governador usou a sua maioria na Assembleia para impor um reajuste parcelado. A Globo divulgou escutas telefônicas dando o tom de criminalização aos atos dos líderes do movimento. A Justiça agiu rápido e já mandou prender. E a Dilma... essa, que foi torturada nos tempos da Ditadura, disse que não terá anistia para essas pessoas.
Dessa vez, os poderosos fizeram uma intervenção cirúrgica nesses movimentos. Usaram a mídia, declarações combinadas, isolaram as lideranças, descaracterizaram os apoios. Em junho do ano passado, com vários bombeiros presos e grande apoio da população, a Presidente Dilma não teria coragem de afirmar que não daria a anistia. Dessa vez foi tudo pensado e combinado. Mas será que ela vai falar grosso também com os militares remanescentes da Ditadura Militar na Comissão da Verdade?
Nada muda no front. Quando movimentos reivindicatórios incomodam o poder, eles tratam logo de se unir para impedir que estes cresçam e ganhem apoio da população. Dessa vez o Governador não usou seus arroubos a chamar bombeiros de vândalos. Usou a Justiça, muito mais eficiente aos seus propósitos. É o Estado Democrático de Direito dizendo a quem serve e a quem não serve.
O próprio governo Lula, antes de eleger a Dilma, votou em primeiro turno a PEC 300, aquela que iguala os salários de policiais e bombeiros país afora. Esse mesmo governo agora não quer votar, mesmo com toda pressão dos movimentos dessas categorias. Os argumentos são os mais diversos e também os mais batidos: a Lei de Responsabilidade Fiscal e a autonomia dos Estados. Danem-se os que trabalham! Danem-se suas famílias! Viva o Eike Batista, o Daniel Dantas e o Naji Nahas! Viva os supersalários da magistratura!
Vilson Siqueira
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