É preciso focar no
salário
Ficamos na lanterna dos
reajustes em 2014
A novela da campanha salarial de 2014
acabou deixando para os serventuários da justiça a última colocação nos
reajustes concedidos aos servidores estaduais. Nosso reajuste em 2014 foi de
6,51%, e não 10% como afirma a direção sindical, uma vez que o percentual de
3,28% só será pago em janeiro de 2015 e não retroagirá a setembro. Assim, cai
por terra o argumento de que a mudança da data-base de maio para setembro
proporcionou melhores reajustes (veja
quadro ao lado).
Em
2013 não tivemos melhor sorte: o percentual de 7,67 no ano passado repôs as
perdas dos 16 meses anteriores, enquanto o Ministério Público teve 7,22% para
corrigir um período de 12 meses, mantendo a data-base em maio. No passado, o MP
se baseava nos nossos reajustes e na nossa data-base. Agora, nós não temos mais
essa data-base como eles, nem os seus percentuais. A volta da data-base ao mês
de maio é uma das propostas da Chapa 2 –
Por um Sindicato de Verdade nesta campanha eleitoral.
Neste
ano, antes da direção sindical fechar o acordo com o TJ, havia uma expectativa
de conseguirmos o mesmo percentual do Ministério Público (10% em 2014 + 5% em
2015). Infelizmente, a atual direção abriu mão de lutar
por esse percentual em troca da regulamentação do auxílio-educação, já
concedido, tendo o TJ aproveitado a situação para lançar mais uma benesse à
magistratura usando os servidores como esteio. O resultado disso foi que
ficamos na lanterna dos reajustes estaduais em 2014 e o auxílio-educação
aguarda na ALERJ o recebimento de emendas enquanto alguns colegas já estão
renovando a matrícula de seus filhos.
Percentual
de reajuste é para todos: para quem tem filhos ou não; para quem tá na ativa ou
aposentado. Desperdiçar a oportunidade que tivemos neste ano quando os
serventuários se mobilizaram para exigir reajustes melhores, como no ato de
abraço ao Fórum Central, significou uma ducha de água fria na categoria. Logo
quando todos reclamam da mobilização vem um acordo esquisito, onde os
servidores só podiam se manifestar pelo site, sem debate, sem refletir melhor
sobre o que poderíamos buscar de proveitoso. A demora em se aprovar o reajuste
e o atraso na votação do projeto do auxílio-educação ficaram como lição do que
não deve ser feito numa campanha salarial, quando finalmente havia um início de
mobilização dos servidores.
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