Nepotismo (1)
O Ministro Luiz Fux, do STF, não desistiu de fazer lobby na
sua histórica carreira jurídica. Depois de fazer isso para si, V. Exa. não
perdeu a oportunidade de tentar emplacar sua filha MariannaFux como
desembargadora do TJ. Segundo o jornal Folha de São Paulo, “a campanha do pai
para emplacar a filha, materializada em ligações telefônicas a advogados e
desembargadores responsáveis pela escolha, tem causado constrangimento no meio
jurídico”.
Não custa nada lembrar que a ação de inconstitucionalidade
da Lei de Fatos Funcionais da Magistratura, que em 2009 deu uma série de
privilégios aos juízes cariocas, encontra-se com o Excelentíssimo Ministro para
apreciação.
A OAB-RJ, diante desse escândalo, mudou as regras para
composição da lista sêxtupla de advogados interessados em ser desembargador
pelo quinto constitucional. Um novo método de escolha passará por eleições para
compor tal lista. É ver e conferir.
Nepotismo (2)
O quinto constitucional é mesmo o melhor caminho para os
filhos de gente graúda conseguirem uma boquinha. O também Ministro do STF Marco
Aurélio Mello, primo do ex-presidente Collor, conseguiu uma vaga para sua
filha, a advogada Letícia Mello no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio
de Janeiro.
O Ministro diz que não usou de sua influência para ajudar a
filha, mas reportagem da Folha de São Paulo traz uma declaração de V. Exa.
afirmando que “jamais pedi voto. Só telefonei depois que ela os visitou para
agradecer a atenção a ela”. Para bom entendedor meia palavra basta.
Apartidário, pero no mucho.
A atual Direção do Sindjustiça usou na sua campanha para
chegar ao sindicato um discurso de apartidarismo, criticando as gestões
anteriores. No entanto, de lá para cá, já tivemos dois coordenadores
candidatos: um, em 2008, concorrendo ao cargo de vereador em Nova Friburgo e,
em 2014, uma candidatura para Deputado Estadual. Não somos contra o direito de
quem quer que seja de se candidatar, mas aquele apartidarismo não é tão assim
quando se trata dos próprios membros da direção do sindicato.
Eleições no
Sindjustiça
Em dezembro teremos eleição para o Sindjustiça. O MOS vai
participar dessas eleições sem estar coligado com ninguém que pertença a atual
direção, pela suas posições pró-Administração do TJ, quando, por exemplo, não
foi contra o auxílio-moradia, mas apenas a sua retroatividade. Também não
faremos coligação com ninguém da diretoria anterior pela condução do sindicato
sem o devido zelo com as suas contas.
Três anos sem Benoni
Alencar.
Está fazendo falta na nossa categoria o nosso companheiro
Benoni Alencar, assassinado em 2009 e até hoje sem julgamento dos culpados.
Jornalista de profissão, Benoni era lotada na Comarca de Rio das Ostras, onde
participava de todas as lutas da categoria. Durante a Ditadura Militar foi
perseguido, mas nunca deixou de acreditar numa sociedade melhor para todos.
Este exemplo de lutador nunca esqueceremos. Companheiro
Benoni, presente!
Quem fiscaliza o
fiscal
O CNJ baixou uma resolução estendendo o auxílio-moradia para
todos os juízes. Há quem acredite que este órgão foi criado com o intuito de
“moralizar” as atividades do Judiciário. No entanto, mais uma vez, falou mais
alto o corporativismo.
Num país onde as pessoas não possuem moradias dignas e são
expulsas de ocupações populares ou removidas com a providencial intervenção do
Judiciário, é de se estarrecer por um privilégio dessa magnitude sem qualquer
relação com a realidade brasileira.
(Publicado no jornal Boca Maldita nº 100, de 11/outubro/2014)
(Publicado no jornal Boca Maldita nº 100, de 11/outubro/2014)
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