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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

VOCALISTA DA BANDA DETONAUTAS LIDERA BRIGADA DO BEM COM VÁRIOS PROTESTOS IRREVERENTES , "QUE ESTÃO SUPER NA MODA "!!! COMO TAMBÉM AS MUSIQUINHAS, NARIZ DE PALHAÇO, VELÓRIOS, DANÇA , MÚSICAS, TEATRO, ATIVIDADES CULTURAIS ....MATÉRIA RETIRADA DO PORTAL: uai.com.br

Vocalista da banda Detonautas lidera brigada do bem. Tico Santa Cruz comanda o grupo Voluntários da Pátria e organiza manifestações públicas que exigem um Brasil menos violento e mais cidadão
Janaina Cunha Melo - Estado de Minas
Marcos Hermes/Divulgação
Tico Santa Cruz (C) diz que o jovem contribui para a violência quando abre mão de votar
O cantor carioca Tico Santa Cruz sabe que, atualmente, a juventude está desmobilizada e apática quando o assunto é política. Mas o vocalista da banda Detonautas insiste em inserir a crítica social no conteúdo de seu trabalho. Não satisfeito com a limitada possibilidade de articulação por meio da música, ele fundou o Voluntários da Pátria, grupo que se dedica à militância em defesa dos direitos humanos e luta por um Brasil mais justo e menos violento.

Santa Cruz acredita que a violência é conseqüência de um ciclo perverso, alimentado pelo comportamento político da população e das autoridades. “Quando o jovem abre mão do direito de votar e escolher representantes dispostos a agir em prol dos interesses do cidadão, ele contribui para a construção do cenário de violência. Quando o político desvia verbas, ele também gera violência, porque faltam educação, cultura, esporte e lazer nas comunidades carentes, transformando crianças em mão-de-obra fácil para o crime organizado”, afirma.

O Voluntários da Pátria completa um ano em agosto. Integrado por músicos, atores e escritores, reúne artistas como Betina Kopp, Igor Cotrim, Tavinho Paes, Pedro Poeta, Jean Queiroz, Edu Planchet e Baiar Tonelli, além de Tico Santa Cruz e seus amigos do Liberdade e Expressão – iniciativa semelhante dos músicos B Negão e Marcelo Yuka. Eles organizam protestos de rua, lúdicos e irônicos, para chamar a atenção sobre algum fato e estimular a reflexão. A primeira ação do Voluntários, em março, cobriu corpos estendidos no chão com capas pretas, enquanto militantes derramavam tinta vermelha diante da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro para exigir dos deputados medidas mais efetivas de prevenção da violência, não apenas métodos de repressão.

Grupo de conscientização coletiva, como propõem seus integrantes, o Voluntários da Pátria não pretende se transformar em organização não-governamental, pois avalia que as ONGs estão assumindo responsabilidades do governo, invertendo valores e compromissos. “Precisamos cobrar de quem tem o dever de cumprir. Pagamos impostos e temos direitos assegurados pela Constituição Federal. Queremos despertar as pessoas para a necessidade de unir esforços em iniciativas legítimas e democráticas”, argumenta Tico.

Ações dos voluntários da pátria

MARÇO Contagem de corpos em frente à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, com lonas pretas no chão e tinta vermelha, cobrando das autoridades mais atenção à prevenção de violência.

MAIO O grupo entrou na Assembléia Legislativa fluminense para mostrar que deputados não trabalhavam em dia útil. Dos 60 parlamentares, apenas 10 despachavam nos gabinetes.

JUNHO No “Arraiá do Tribunal de Justiça”, foram montadas barraquinhas para a “venda de sentenças” e “pescaria de propinas”. A dança representou a “formação de quadrilha”.

SEMANA PASSADA Na mobilização “Vampiros no Senado”, o grupo pediu doações de sangue a senadores, argumentando que políticos estão sangrando diante de escândalos de corrupção. Denunciou-se o comportamento covarde das autoridades ao apurar relações promíscuas e impunidade.

ESTA SEMANA No “Pan-Cidadão”, ativistas reivindicam uma olimpíada em cada favela do Rio de Janeiro, exigindo melhorias urgentes, como construção de escolas e hospitais. Entre as modalidades sugeridas pelo grupo, “tiro ao alvo humano”, “corrida do arrastão”, “maratona de permanência nas filas de hospitais públicos” e “nado sincronizado em dejetos”.

Informações sobre o Voluntários da Pátria: blog clubedainsonia.blogspot.com

De Lula aos militares

O grupo visita faculdades e penitenciárias para promover debates e propor jogos em eventos de música, poesia e reflexão. São discutidos temas como história da ditadura militar, governo Lula, planos econômicos e crise social. Depois das exposições, participantes são convidados a subir ao palco para se expressarem artisticamente. Tico revela que a violência sempre aparece como mote principal dos debates.

Indignado e inquieto, o músico foi convidado, várias vezes, a se retirar da escola quando era adolescente. “Digamos que eu tinha comportamento fora dos padrões exigidos pelos colégios”, ironiza. Conseguiu concluir os estudos quando descobriu outro modo de se expressar, sem enfrentamento direto. Tico estará este domingo (22/7) em Belo Horizonte com os Detonautas. A banda participa do Projeto Estação do rock, ao lado de outros grupos, e mescla os repertórios de seus três discos.

Em 2006, o Detonautas perdeu o guitarrista Rodrigo Netto, assassinado durante tentativa de roubo de carro, no Rio de Janeiro. “Toda a minha história de militância tem a ver com o Detonautas, a minha válvula de escape a princípio. Mas percebi que não posso ficar atrelado a isso, nem cansar os fãs com muita discussão na hora da festa”, pondera Santa Cruz. O grupo acaba de rescindir contrato com a Warner por se recusar a gravar CD acústico, informa o vocalista. Agora estuda propostas de outras gravadoras e prepara novo álbum, O retorno de Saturno. Entre as faixas inéditas está Canção do horizonte, que Tico leva para os protestos de rua organizados pelo Voluntários da Pátria.

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