Para relator da Comissão, proposta é um 'momento histórico' na luta contra a corrupção no País
23 de abril de 2012 | 16h 20
Ricardo Brito, da Agência Estado
BRASÍLIA - A comissão de juristas do Senado que discute
mudanças no Código Penal aprovou nesta segunda-feira, 23, uma proposta
que cria o crime de enriquecimento ilícito. Pelo texto, servidores
públicos e agentes políticos que não conseguirem comprovar a origem de
determinado bem ou valor poderão responder a processo na Justiça.
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Atualmente, não existe tal crime no código. Os integrantes decidiram
que o novo tipo penal valeria para bens móveis (carros, títulos, entre
outros) ou imóveis (terrenos, apartamentos, por exemplo) de origem não
comprovada. Se for aprovado, o crime de enriquecimento ilícito teria
pena de um a cinco anos de prisão.
Para o relator da comissão, o procurador regional da República Luiz
Carlos Gonçalves, a proposta é um "momento histórico" na luta contra a
corrupção no País. "Criminalizamos a conduta do funcionário público que
enriquece sem que saiba como", afirmou.
A comissão deve apresentar até maio um texto final ao presidente do
Senado, José Sarney (PMDB-AP). Caberá a ele decidir se apresenta um
único projeto ou se inclui as propostas a projetos já em tramitação na
Casa.
Entre outras inovações para a reforma está a descriminalização de outras condutas como: manter casa de prostituição e aborto para situações de risco comprovada por laudo médico.
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