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quarta-feira, 30 de maio de 2012

CINECLUBE, PIPOCA E DEBATE, NO PROJETO JUDICIÁRIO DE BASE NA REGIONAL PAVUNA

Hoje é dia de  CINECLUBE no Forum Regional da Pavuna, às 18 hrs, sala ESAJ, 2º andar, fechando as atividades comemorativas do mes do trabalhador.

Sem ter nada para comemorar, pois nada NADA MUDOU, E O CONTRACHEQUE CONTINUA O MESMO. 

HÁ 31 DIAS DA DATA BASE, NADA NOS 

FOI DADO AINDA, SÓ PROMESSAS... 

 

Sem data base respeitada pelo TJERJ, e os direitos ao reajuste constitucional negociado pelo sindicato de forma rebaixada, trocando este por promoção/progressão que não atinge a todos na  cartegoria .  A CATEGORIA mais crítica se decepciona com a postura de seus Coorenadores , INCLUSIVE , DA FORMA QUE TRATAM OS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DE NOSSA CATEGORIA. 

 

CINECLUBE, O FILME:

 

Eles Não Usam Black Tie – Nacional

Filme Grátis Completo
17098

Ficha Técnica 

Título original: Eles não Usam Black-Tie

Gênero: Drama
Duração: 134 min.
Lançamento (Brasil): 1981 
Distribuição: Embrafilme
Direção: Leon Hirszman
Roteiro: Gianfrancesco Guarnieri e Leon Hirszman
Produção: Leon Hirszman Produções e Embrafilme
Música: Adoniran Barbosa, Chico Buarque de Hollanda e Gianfrancesco Guarnieri
Fotografia: Lauro Escorel
Desenho de produção: Jefferson Albuquerque Júnior e Marcos Weinstock
Figurino: Yurika Yamasaki
 Edição: Eduardo Escorel

Sinopse: Tião, jovem operário, namora Maria, colega de fábrica. Quando toma conhecimento de que ela está grávida, resolve marcar o casamento. Mas as dificuldades do casal são imensas. Nisso, eclode uma greve. Otávio, o pai de Tião, veterano líder sindical, que passou alguns anos na cadeia devido à militância política reprimida pela ditadura militar, adere à greve mesmo contrariado com a decisão da categoria, que lhe parece precipitada. Participando dos piquetes em frente à fábrica, entra em choque com a polícia, é espancado e preso. O filho, indiferente ao drama do pai e dos colegas, fura a greve. Individualista, credita à militância do pai a miséria em que sempre viveram. O conflito explode no interior da família e Tião é obrigado a deixar a casa dos pais e o emprego. Maria é adotada pelos futuros sogros, que assumem o nascimento próximo do neto. A repressão à greve provoca uma vítima fatal: Bráulio, líder ligado à Igreja, e o maior amigo de Otávio. O movimento operário tem o seu mártir, que se transforma numa bandeira de lutas.

O FILME  EM ANÁLISE POR Giovanni Alves

O filme "Eles não usam black-tie", de Leon Hirzsman (1981), expõe a problemática da consciência de classe a partir da dialética entre contingencia e necessidade (das respostas) da classe do proletariado à condição existencial de proletariedade. Eis a questão: a consciência de classe necessária - que constitui a classe social do proletariado - emerge das respostas que as individualidades pessoais de classe são obrigadas a dar - no plano da contingencia da vida cotidiana - à condição existencial de proletariedade. No caso do filme de Leon Hirzsman as respostas dadas pelos homens e mulheres operárias à condição de proletariedade exposta no decorrer do filme assumiram um caráter coletivo, organizado no movimento sindical. Ora, como observou Georg Lukács, "o homem é um ser que dá respostas". O que significa que, homens e mulheres proletárias imersas em sua condição de proletariedade são obrigados a dar resposta à alienação/estranhamento que permeiam suas vidas cotidianas. Na verdade, o que se coloca como questão essencial é a natureza das respostas humanas contingentes e necessárias capazes de constituírem, no plano do imaginário social, a identidade de classe do proletariado. 

OUTRA ANÁLISE QUE VALE A PENA LER NA ÍNTEGRA VISITANDO O BLOG:  http://cinebrasilis.blogspot.com.br/2009/02/eles-nao-usam-black-tie.html 

“Eles Não Usam Black-tie” é sobre o afrontamento dessas duas gerações, pai ( Otávio) e Tião ( o filho) e não procura esconder isso, alguns diálogos são bem explícitos dizendo abertamente o que geralmente ficaria subentendido, mas de novo, como o filme busca um diálogo mais próximo com um público sem tanto entendimento cinematográfico, essa escolha se torna entendível e suportável. Aqui está se usando o cinema não para falar de cinema, e sim como uma ferramenta para a veiculação de ideais sociais (Eisenstein).

Aqui o pensamento comum e machista é punido, ao contrário do que vemos hoje com a supervalorização do banal pela tv.


A revolução, o ato consciente e a busca pelos direitos não se trata de um ato suicida, distante da nossa realidade e utópico, e sim um processo de luta natural para a evolução.




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