País
A construtora Delta -
investigada por Comissão Parlamentar de Inquérito e pela Polícia
Federal por suposto elo com o bicheiro Carlinhos Cachoeira - foi
classificada como inidônea para fazer contratos com o Poder Público. A
conclusão é produto de um processo administrativo iniciado no dia 24 de
abril. Com a decisão divulgada nesta terça-feira (12), a empreiteira
fica impedida de concorrer a licitações da Administração Pública por
pelo menos dois anos.
Investigações
A CGU abriu
processo contra a Delta para apurar irregularidades apontadas pela
Operação Mão Dupla, em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério
Público em 2010. A operação mostrou que a construtora participava de
esquemas ilegais em obras rodoviárias do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit).
As apurações constataram que
a empresa pagou, entre 2008 e 2010, valores e bens a cinco servidores
responsáveis pela fiscalização de contratos entre a autarquia e a
empresa. Para a CGU, a Delta “violou princípio basilar da moralidade
administrativa”.
A Delta também é alvo de apurações nos
desdobramentos da Operação Monte Carlo, que investigou esquema de
corrupção articulado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira. A quebra de sigilo fiscal, telefônico e bancário da
construtora foi solicitada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) do Cachoeira.
A portaria que declara a Delta inidônea será
publicada amanhã (13). Depois de dois anos, a empreiteira pode tentar
reverter sua condição caso prove que eliminou as irregularidades. Os
servidores envolvidos em ilegalidades no Dnit também estão respondendo a
processos administrativos na CGU.
Com Agência Brasil
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