Na
manifestação realizada neste dia 18, as mulheres enfatizaram que é
necessário construir igualdade e erradicar a violência contras mulheres
para superar o modelo capitalista, patriarcal, homofóbico e racista, que
hoje se traduz na economia verde
Sob o slogan “Mulheres contra a mercantilização de nossos corpos,
nossas vidas e a natureza!”, mais de 10 mil pessoas marcharam na manhã
desta segunda-feira, 18 de junho entre o Aterro do Flamengo e o Largo da
Carioca. A mobilização foi organizada pela Marcha Mundial das Mulheres
(MMM), mulheres de movimentos mistos como a Via Camponesa, a Contag, a
CAOI, a ANA, a CUT e outras organizações e movimentos feministas e
inaugurou a jornada de mobilizações da Cúpula.
O dia começou muito cedo, às 7 horas, quando mais de 2.000 mulheres
dos movimentos sociais que estão alojados no Sambódromo do Rio de
Janeiro saíram em marcha até o MAM – Museu de Arte Moderno, no Aterro do
Flamengo. No caminho, estimuladas pela Batucada Feminista da Marcha
Mundial das Mulheres, elas denunciaram a economia verde, às corporações
multinacionais e às instituições multilaterais como o Banco Mundial e o
FMI, responsáveis pela crise mundial que vivenciamos hoje e pelo
incremento da violência e a pobreza entre as mulheres.
No MAM, militantes de outros movimentos feministas de América Latina e
do mundo que estavam na inauguração da tenda “Território Global das
Mulheres” se somaram às demais e partiram em direção ao Largo da Carioca
onde aconteceu um ato público final da manifestação de denúncia do
modelo capitalista, patriarcal, homofóbico, racista e destruidor da
natureza.
“Temos que superar esse modelo, mas para isso temos que superar a divisão sexual do trabalho, que não reconhece nosso trabalho como trabalho, que diz que temos que fazê-lo por amor ou pela culpa que carregamos. Estamos exigindo o reconhecimento do trabalho das mulheres, que a divisão sexual do trabalho deixe de existir também no trabalho produtivo”, enfatizou Nalu Faria, da MMM.
“Temos que superar esse modelo, mas para isso temos que superar a divisão sexual do trabalho, que não reconhece nosso trabalho como trabalho, que diz que temos que fazê-lo por amor ou pela culpa que carregamos. Estamos exigindo o reconhecimento do trabalho das mulheres, que a divisão sexual do trabalho deixe de existir também no trabalho produtivo”, enfatizou Nalu Faria, da MMM.
A questão não é somente de sustentabilidade ambiental e sim da
construção de outro modelo de produção e consumo que garanta condições
de igualdade. “Para conseguir isso temos que estar livres de todas as
formas de opressão, pensar não só em harmonia com a natureza, mas também
na harmonia entre humanos e humanas. Isso significa erradicar a
violência, que os homens deixem de estar a serviço do capitalismo,
deixem de nos violentar e assediar. Significa ter o livre exercício de
nossa sexualidade, o direito ao aborto. Por isso vamos seguir em luta
enquanto não tivermos construído todas as transformações necessárias,
fortalecer nossa luta contra o capitalismo verde e exigir que nossas
demandas sejam reconhecidas inclusive por nossos companheiros de luta!”,
afirmou Nalu.
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