SEJA BEM-VINDO AO NOSSO BLOGUE!

ATENÇÃO! As matérias aqui publicadas só poderão ser reproduzidas fazendo constar o endereço eletrônico deste blogue. Os textos assinados não necessariamente refletem a opinião do CESTRAJU. " Há pessoas que lutam um dia e são boas. Há outras que lutam um ano e são melhores. Mas há as que lutam toda a vida e são imprescindíveis." "Tudo bem em hesitar...se depois você for em frente ...." (Bertold Brecht) "O melhor da vida é que podemos mudá-la" ( anônimo ) Junte-se a nós! Venha mudá-la para melhor!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

ASDUERJ POR SEU COMANDO DE GREVE DIVULGA VÁRIAS NOTAS IMPORTANTES SOBRE O POR QUÊ DA GREVE!


POR QUE PÓS-GRADUAÇÃO  DA  UERJ FAZ GREVE?

É comumente aceito que pós-graduação não faz greve. Seguimos os calendários externos, das agências de fomento que mantêm nossos Programas. Somos, assim, uma parte fundamental da Universidade, mas parecemos um corpo estranho a essa mesma Universidade, como se as demandas não fossem da comunidade na qual a Universidade está inserida. É de extrema importância a adesão dos Programas de Pós-graduação ao movimento em defesa da UERJ, com paralisação das aulas e ampla discussão, porque é a própria produção acadêmica que é ameaçada pelas razões estruturais que culminaram nesta greve. As reivindicações que motivam o atual movimento grevista são essenciais para a manutenção e aprimoramento de nossas atividades.

A agenda neoliberal, ao definir os setores que compõem o Estado, designou um desses setores como Setor de Serviços não exclusivos do Estado e nele colocou a educação, a saúde e a cultura. Como observou Chauí (2008), isto significou: “1) que a educação deixou de ser concebida como um direito e passou a ser considerada um serviço;  2) que a educação deixou de ser considerada um serviço público e passou a ser considerada um serviço que pode ser privado ou privatizado”. Além disso, o neoliberalismo construiu uma visão organizacional de universidade que produziu aquilo que, segundo Michel Freitag, pode ser definido como universidade operacional: “Regida por contratos de gestão, avaliada por índices de produtividade, calculada para ser flexível, a universidade operacional está estruturada por estratégias e programas de eficácia organizacional e, portanto, pela particularidade e instabilidade dos meios e dos objetivos. Definida e estruturada por normas e padrões inteiramente alheios ao conhecimento e à formação intelectual, está pulverizada em micro organizações que ocupam seus docentes e curvam  seus estudantes a exigências exteriores ao trabalho intelectual”.

Os danos promovidos por esse modelo de universidade são visíveis: o aumento de horasaula, a diminuição do tempo para mestrados e doutorados, a avaliação pela quantidade de publicações e eventos, a multiplicação de comissões e relatórios, o individualismo acadêmico, entre muitas outras questões que vivemos atualmente na Universidade. Neste modelo a docência é pensada como habilitação rápida para graduados, que precisam entrar rapidamente num mercado de trabalho do qual serão expulsos em poucos anos, pois se tornam, em pouco tempo, jovens obsoletos e descartáveis; ou como correia de transmissão entre pesquisadores e treino para novos Pesquisadores. Desaparece, assim, a marca essencial da docência universitária: a formação.

Recusar um regime de dedicação exclusiva à UERJ significa também aceitar a lógica da produção apressada e avaliada por critérios quantitativos que nos é imposta para complementação” do salário com bolsas. Discutir a Pós-Graduação hoje é lutar pelo direito e pelo poder de definir as normas de formação, docência e pesquisa que desejamos para nosso país. Adotar uma perspectiva crítica clara sobre os principais temas que envolvem a Pós-Graduação faz-se urgente. Esse momento de greve é para aprofundarmos o debate.

Convocamos docentes e discentes da Pós-graduações da UERJ a darem sua
contribuição.

Nota oficial do Comando de Greve – Uerj – 2012

OUTRA NOTA IMPORTANTE DO COMANDO DE GREVE:
POR QUE NÃO PREENCHER O RFN AGORA:
Como todos os trabalhadores brasileiros, nós, professores da Uerj, sendo ou não substitutos, estando ou não em estágio probatório, temos o direito à greve garantido na Constituição Federal de 1988. Estamos fazendo uma greve justa, necessária e
legalmente respaldada. Reivindicamos reajuste emergencial de 22% e plano de recomposição salarial total de 60%, relativa às perdas que se acumulam desde 2001. Por um lado, isso é
fundamental para os aposentados que, depois de uma vida dedicada à universidade, enfrentam sérios problemas financeiros, em virtude da falta de reajustes lineares para a categoria. Por outro, evita que a dedicação exclusiva se torne, num curto  espaço de tempo, pouco atrativa em função da baixa  remuneração.

Lembramos que não houve a implantação do regime de dedicação exclusiva na Uerj, apesar de previsto em nosso plano de carreira, de se tratar de regime vigente em todas as grandes universidades públicas brasileiras e de o anteprojeto elaborado nos conselhos superiores se encontrar na Secretaria de   Planejamento e Gestão (Seplag) há mais de 10 meses.
A ameaça de corte dos triênios foi a gota d'água. Docentes, técnicos e estudantes estão unidos e em greve, lutando por mais verbas para a universidade e melhores condições de trabalho e estudo.

POR ISSO, CONCLAMAMOS OS DOCENTES DA UERJ A NÃO PREENCHER O RFN AGORA.

Precisamos dar ao governo uma forte demonstração de união da categoria em favor de nossa justa pauta de reivindicações. Após a reposição dos dias parados, ao fim do movimento de greve, preencheremos todos o RFN.

 COMUNICADO DA ASDUERJ SOBRE O INCÊNDIO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO:

Nota de solidariedade
Na madrugada do dia 04 de julho, o Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ) sofreu grave incêndio e despertou grande comoção em toda a comunidade universitária e na população fluminense. Seus pacientes e profissionais passaram por momentos de imensa apreensão pelo ocorrido e as suas possíveis consequências. Infelizmente, um óbito foi registrado.

Solidarizamo-nos com os pacientes, familiares e todos os profissionais que não vacilaram um só minuto para agir em socorro de quem precisou, ainda que estivessem em greve nesse momento. Aliás, esses profissionais lutam em defesa da saúde pública e melhores condições de trabalho, querem que suas reivindicações sejam atendidas pelo governo e reitoria da universidade, evitando que episódios como esse se repitam.
Para além de toda comoção de que fomos tomados, precisamos analisar com calma a situação. O incêndio teve início no almoxarifado, que concentrava materiais inflamáveis e se localizava entre duas alas do hospital, na proximidade dos fundos da cozinha. Além disso, ao seu lado, existe o local de abastecimento de oxigênio. Assim, elementos altamente explosivos (gás e oxigênio) poderiam levar a uma situação ainda mais grave. Felizmente não ocorreu, pois, certamente, a tragédia teria sido maior. Segundo os bombeiros, as condições precárias das instalações dificultaram um controle mais rápido das chamas. Foi visível a necessidade de maior treinamento das equipes e da formação de brigadas de incêndio, especialmente por se tratar de um hospital de grande porte.
A situação colocada demonstra que, se por um lado “acidentes acontecem”, por outro, esses também podem e devem ser evitados, com investimento de verba pública na universidade. Obras que não podem ser de maquiagem e precisam de melhor projeção dos prédios, para que, por exemplo, um almoxarifado desse tipo fique em área mais afastada de enfermarias e dos setores de assistência. Aos trabalhadores deve ser garantida uma política de biossegurança.

Solidarizamo-nos com todos que sofreram com esse grave episódio e exigimos que o governador Cabral garanta imediatamente todo recurso público necessário à reconstrução do nosso hospital. Declaramos desde já que não aceitaremos qualquer solução que se traduza em privatização, com Fundações ou Organizações Sociais, como foi o caso do Hospital Pedro II, na zona oeste da cidade.

Pela aplicação dos (no mínimo) 6% da receita líquida do estado na UERJ!

Pela plena recuperação do HUPE!
Em defesa da Educação e da Saúde Pública!

Comando de Greve Unificado da Uerj
MAIS INFORMAÇÕES PODEM SER ENCONTRADAS NO PORTAL DA ASDUERJ ( ASSOCIAÇÃO DE DOCENTES DA UERJ) : http://www.asduerj.org.br/


Nenhum comentário:

Postar um comentário