Economia
A
presidente Dilma Rousseff reconheceu hoje (27) que é impossível o Brasil
não sofrer os impactos da crise econômica internacional, que afeta
principalmente alguns países europeus, os Estados Unidos e o Japão. Mas
ela ressaltou que a economia do Brasil, mesmo sob dificuldades, registrou crescimento e segue com a mesma tendência nos próximos meses.
Dilma
destacou que o Brasil elevou para a classe média o equivalente à
população “de uma Argentina”. “O Brasil não é uma ilha. Todos os países
do Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] estão sendo
afetados [pela crise econômica internacional]. A diferença entre o
Brasil e o Reino Unido é que o Brasil tem um sistema diferenciado”,
destacou a presidenta antes do almoço com atletas brasileiros, no centro
de treinamento no qual está a equipe olímpica.
Para
Dilma, é fundamental ressaltar os avanços sociais conquistados pela
população brasileira. “Elevamos para a classe média [o equivalente] a
uma Argentina [que tem cerca de 41,2 milhões de habitantes], nos últimos
anos”, disse.
A presidente reiterou ainda que o
governo se esforça para garantir “o caminho da estabilidade com a
inflação sob controle”. Ontem (26), o presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, no evento Global Investment Conference, também em
Londres, disse que o país está preparado para enfrentar os desafios por meio de adaptações e esforços.
De acordo com Tombini, a economia brasileira “está pronta” para crescer 4%, em bases anuais, no segundo semestre deste ano.
Dilma acrescentou também que os principais desafios do governo são “saúde
e educação”. Segundo ela, as cobranças da população aumentaram a partir
do momento que mais pessoas conquistaram melhorias salariais e
qualidade de vida. “O SUS [Sistema Único de Saúde] tende a ser o sistema
da classe média”, disse ela, lembrando que antes apenas as camadas
pobres da população apelavam para a rede pública.
A
presidente viajou há três dias para Londres acompanhada pelos ministros
Helena Chagas (Comunicação Social), Aldo Rebelo (Esporte), Antonio
Patriota (Relações Exteriores), Gastão Vieira (Turismo), Aloizio
Mercadante (Educação) e Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e
Inovação), além do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Ela volta
amanhã (28) para o Brasil.
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