SEJA BEM-VINDO AO NOSSO BLOGUE!

ATENÇÃO! As matérias aqui publicadas só poderão ser reproduzidas fazendo constar o endereço eletrônico deste blogue. Os textos assinados não necessariamente refletem a opinião do CESTRAJU. " Há pessoas que lutam um dia e são boas. Há outras que lutam um ano e são melhores. Mas há as que lutam toda a vida e são imprescindíveis." "Tudo bem em hesitar...se depois você for em frente ...." (Bertold Brecht) "O melhor da vida é que podemos mudá-la" ( anônimo ) Junte-se a nós! Venha mudá-la para melhor!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Ou enfrentamos Pezão e cia.,
ou perderemos mais direitos

O ano começou sem que tenhamos qualquer definição para o reajuste de 2015. Pior: o governador anuncia uma série de medidas para retirar mais direitos dos servidores públicos. Ao mesmo tempo, concede benefícios fiscais a diversas empresas enquanto deixa os hospitais à míngua. É um filme que se repete com governos favorecendo empresários e retirando direitos dos trabalhadores. A questão é saber se vamos ficar assistindo a tudo passivamente, esperando um salvador da pátria, ou se vamos ter algum tipo de protagonismo nessa história.
O Governador Pezão concedeu generosos benefícios a empresários de diversos ramos. No setor de bebidas, para ficar bem com todas as marcas, tanto a Ambev (Brahma, Skol, Antártica) como a Cervejaria Petrópolis (Itaipava) foram beneficiadas. Também o ramo de transportes segue sendo beneficiado, não só com o aumento da tarifa, mas com benefícios que vão desde o empréstimo de 39 milhões para a Supervia com o aval da ALERJ; a compra de novas barcas com dinheiro público para a CCR lucrar mais e obras no metrô que visam, em primeiro lugar, ser fonte de muito lucro para a concessionária desse serviço.
Já aos servidores, Pezão reservou um pacote de medidas que vão desde o parcelamento de seus vencimentos e do 13º salário, passando por uma proposta de aumento na alíquota da contribuição previdenciária e uma nova Reforma da Previdência, em conluio com o Governo Federal, jogando a conta da “crise” nas costas dos trabalhadores. Ao Judiciário pretende passar a conta dos proventos das aposentadorias e pensões para dentro do limite de 6% da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que vai estourá-lo. Teríamos, pelo menos, 05 anos de congelamento de salários para adequar a Folha de Pagamento novamente àquele percentual.
Depois da promessa não cumprida pela administração do tribunal de valorização do serventuário, vimos que a proposta de reajuste caiu no esquecimento – isso joga por terra o delírio de alguns de que os empréstimos do TJ ao Executivo nos beneficiariam. Ao mesmo tempo, a magistratura receberá 16,8% de aumento este ano. A crença de uma boa vontade do TJ para com os seus servidores, alimentada pela direção sindical, não se esvai para alguns, mesmo com a redução de cargos efetivos que visa extinguir o Analista Judiciário e a pouquíssima convocação de novos concursados.
Vai ser preciso muita unidade dos servidores públicos para enfrentar todas essas medidas de ataques aos nossos direitos. Também vai ser preciso muita luta para reverter esse quadro onde mídia e governos querem que os trabalhadores paguem a conta de uma “crise” que não é nossa. Para os servidores do Judiciário vai ser preciso uma dose extra para superar o corporativismo, uma vez que não somos uma ilha, e a crença de que o TJ e seus administradores são nossos parceiros.
A luta é de todos contra uma política que se não debelarmos seremos engolidos pelos nossos algozes. Não podemos deixar que eles tirem o nosso sossego. Vamos para cima deles com todas as nossas forças. Vamos exigir os nossos direitos e o fim desse governo. Temos que colocá-los na defensiva gritando alto e em bom som: FORA PEZÃO E TODOS OS SEUS ASSECLAS!

Todos ao ato do dia 03/02/16, às 15 horas, na ALERJ.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Olha o Bloco da Ceguinha aí, geeeeeente!!! Chora, pelego!

Pelo 4º ano, totalmente independente, a Ceguinha fará o carnaval no Judiciário. O local é no Bar do Toninho ao lado da ALERJ, no Beco dos Excluídos, que leva do Restaurante Xodó do Paço ao antro da ALERJ, no centro da cidade do Rio. Será depois do ato do funcionalismo, dia 03 de fevereiro, 4ª feira, 18 horas. O ato do funcionalismo estadual contra o Canalhocrata do Pezão será às 15 horas, também na ALERJ (todos lá, por sinal!)

A letra da música é de Manoel, o Audaz. Vai a letra do poeta, refugiado em São Gonça, e "pirado na questão". A camisa com a tradicional charge custará R$ 20,00 e é para pagar os músicos sob a batuta de Sérgio Genovêncio, da 23ª Vara Criminal, ex-Orquestra Voadora, e que agora é do time dos Embaixadores da Folia.

A camisa estará pronta 4ª feira, dia 27 de janeiro, com o "Profeta do Caos", o Alex barbudo, na 7ª Vara Cível da comarca da capital. Tiragem limitada.

Bloco da Ceguinha 2016
Pra nós, a crise... Eles, que pisem...
Autor: Manoel Gomes, o Audaz
Que crise é essa que só cai na nossa conta
Enquanto eles continuam a se esbaldar?
A mordomia dos togados nos afronta
É benefício que não para de jorrar
Quem tá na boa, ignora a tal da crise
Quem tá ferrado PIRA AÍ nessa questão
Ninguém aguenta mais viver nesse estado
Ninguém escapa da pisada do Pezão
Fora, Pezão!/Pezão: pisou, ferrou
Cadê o “impixe” desse tal Governador?
Pezão: pisou, ferrou
Pra ser ladrão, não tem diploma de doutor
(Tem que matar)
Tem que matar a nossa grande, imensa curiosidade:
Será que essa tal de crise é bipolar?
Aos poderosos, ela faz que não conhece
No nosso bolso, ela insiste em achacar
Sobra fortuna pra gastar em Olimpíadas
Nenhum aumento pro pobre trabalhador
Venha conosco no embalo da "Ceguinha"
Desafiando esse tal Governador (Fora, Pezão!)
Pezão: pisou, ferrou...

domingo, 3 de janeiro de 2016

Mais uma vez, os aposentados são atacados!

(por: Alex Brasil)

Uma sucessão de ataques foi desferido em 2015 sobre os servidores, a título de Ajuste Fiscal:
a) o sucateamento de escolas e hospitais públicos;
b) o abandono da UERJ, ocupada pelos estudantes, com terceirizados e bolsistas não recebendo os salários e bolsas;
c) o reajuste 0%, em 2015, para os trabalhadores públicos;
d) o parcelamento dos salários da maior parte dos servidores no mês de dezembro;
e)o anúncio do secretário de fazenda estadual em propor um pacto federativo que quebre a estabilidade e aumente a idade para a aposentadoria;
f) o anúncio do governo estadual de que venderá as suas empresas públicas;
g) o parcelamento da segunda parcela do décimo terceiro salário dos servidores;

Bom, alguns, de maneira individualista (no melhor estilo Lei do Gérson, senso comum que permite o surgimento dos Eduardos Cunha da vida), acreditaram que o Judiciário ia estar fora dessa tempestade, escorados no fato de que os magistrados (esses pedaços do Estado que andam) estariam salvaguardados e, por tabela, os servidores também. Mais uma vez, o planeta Judiciário, como se não tivéssemos relação com o planeta Terra.

Não foi o que se observou: com a desculpa do rombo do RIOPREVIDÊNCIA, parcelaram em cinco vezes a segunda parcela do 13º salário dos aposentados.

O curioso é que essa quadrilha que governa o estado do Rio de Janeiro fez fortuna com os grandes eventos esportivos (um país que não tem saúde e educação deveria se lixar para patrocinar os mesmos). Picciani, nosso algoz, por exemplo, está dos dois lados do balcão. Como comprador (governo do estado) adquire toneladas de brita de uma empresa, cuja a sua família é sócia, ou seja, onde ele é vendedor.

Além disso, a patifaria pública privada foi ratificada pela ALERJ que perdoou a dívida da SUPERVIA (leia-se Odebrecht). E como não esquecer as decisões judiciais que beneficiaram obras para os grandes eventos esportivos como a consórcio Eike-Odebrecht, no Maracanã, em 2013?

Mas, se alguns continuam achando que estamos imunes, é bom acordar antes que seja tarde. A crise da economia capitalista mundial já se arrasta desde 2008 e agora ela chegou com força nos chamados BRICS. A Grécia foi engolida pela crise e milhares de servidores tiveram salários reduzidos, direitos arrancados e perderam os seus empregos.

A única saída é não se achar um corpo isolado do restante e sim procurar a necessária unidade com todos os funcionários públicos estaduais, na perspectiva de uma GREVE GERAL. A água já chegou na cintura e, mais rápido do que pode se imaginar, poderá estar batendo nos nossos narizes.

Em meio à lama da Samarco e do Congresso, vem forte o Ajuste Fiscal Estadual


(por: Alex Brasil)

Dia 08/12/14, mais de mil funcionários públicos estiveram em frente a ALERJ. Do Judiciário, somente cinco pessoas. O presidente da casa, Jorge Picciani, em um deboche, disse que a crise do Estado (que tem dinheiro aos montes para comprar brita da sua empresa) vai perdurar por mais de seis meses. Ou seja, mais atrasos, parcelamentos, reajuste 0%.

Enquanto isso, o secretário estadual de Fazenda propõe um pacto federativo para uma nova Reforma da Previdência e para quebrar a estabilidade. Não satisfeito, Pezão fala em privatizar as empresas estaduais e em criar um Plano de Demissão Voluntária.

O impeachment, puxado pelo imoral e indefensável Eduardo Cunha, coloca duas hipóteses: o PMDB do vice-presidente Michel Temer (o mesmo partido que governa o estado do Rio de Janeiro e está destruindo o serviço público) no governo federal ou mais concessões do governo Dilma à banca financeira para se manter no poder. Em resumo: mais Ajuste Fiscal Estadual!

A unidade com o funcionalismo estadual é fundamental para barrarmos os ataques futuros, como demonstraram os estudantes paulistas que se uniram à população para impedir o fechamento das escolas.

A Grécia é aqui! Não podemos pagar a conta de uma crise que não fizemos!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

A farsa dos referendos da atual direção do Sind-justiça

(por: W.B.*)

Não foram entregues panfletos no Fórum Central convocando as pessoas para o referendo de sexta-feira 16/10/15 na sede do Sind-justiça. Não houve nenhum carro de som, nem a presença de diretores sindicais chamando a categoria (apesar de desfrutarem da licença sindical para isso), nem mesmo os funcionários do Sind-Justiça foram destacados para essa convocação.

Foi uma convocação secreta, exceto para aqueles que acessaram o sítio eletrônico e resolveram fazer o esforço de estar presente num evento com "dirigentes sindicais" que soltam "pérolas" como: "não devemos nos unir com professor, com sem-teto" (fala dum diretor durante o último congresso da categoria); e outros que destratam serventuários, como foi o caso de José Carlos Arruda quando um sindicalizado foi educadamente pedir a ele uma comprovação do andamento da licença para fazer campanha sindical (vide: http://movimentodeoposicaoserventuaria.blogspot.com.br/2014/12/prolixidade-pedantismo-bajulacao-e.html).

Não é fácil ter estômago para interagir com pessoas assim, infelizmente. O hábito de participar de assembleias não tem como surgir magicamente no seio da categoria. Primeiro elas têm que ocorrer. A partir do momento que elas existem, aos poucos vai se criando o hábito de estar presente. A rigor, praticamente não há mais assembleias no Sind-justiça. Elas foram substituídas por referendos por comarca. Na maioria das vezes, alguns sindicalistas profissionais entram às pressas nos cartórios (do interior) no meio do expediente e pedem para os servidores marcarem um xis numa ou noutra opção já previamene fixada sem a participação da categoria. Isso é nitidamente um simulacro de democracia: a classe serventuária não tem espaço para discutir ou formular coisa alguma, só é coagida a escolher entre o que já foi decidido a portas fechadas secretamente entre um ditador sindical engravatado e um soberano do poder judiciário.

No caso da comarca da capital, mesmo sem convocar ninguém, a cúpula sindical teve medo de que a categoria viesse a participar e forçar discussões. Por isso a assembleia foi marcada numa sexta-feira à noite (dentro da sede do sindicato e não na rua), justamente para que ninguém aparecesse. Mesmo assim, 39 pessoas foram e se posicionaram quase unanimemente contra os autoritarismos da direção e a inexistência de campanha salarial. Durante sua fala, um dos trabalhadores reclamou do fato de a assembleia ter sido marcada para aquela data, tão difícil de se conclamar a categoria a estar presente. Disse: "é a primeira vez que vejo uma assembleia importante ser marcada para sexta-feira". A resposta do diretor sindical Fred Barcellos foi simplesmente debochar repetindo diversas vezes "a primeira vez a gente nunca esquece", desrespeitando a fala do sindicalizado inscrito para se manifestar naquele momento.

Não é a primeira vez que a coordenação do Sind-justiça se porta de maneira desrespeitosa em assembleia da comarca da capital. Já aconteceu de o diretor sindical Alzimar Andrade (integrando a mesa da reunião) ter ficado brincado em seu smartphone  durante a fala de um servidor inscrito. Quando o serventuário Adonai se queixou com o diretor sindical citado, este respondeu: "eu sou livre, faço o que quiser". 

Quem esteve presente na assembleia de 16/10/15, também foi obrigado a ouvir coisas revoltantes. O coordenador Ramon Carrera qualificou o presidente do Tribunal de Justiça como "grande parceiro do servidor". Ora, se o poder é nosso parceiro, para que luta? Para que licenças aos coordenadores sindicais? Para que eles se dediquem a atividades lucrativas fora do serviço público como o caso de cursos preparatórios (Alzimar Andrade) ou publicidade política (Ramon Carrera, que fez campanha para Jair Bolsonaro, o pró-ditadura)?

Mesmo admitindo ter perdido na assembleia da comarca da capital, os déspotas sindicais manipularam dados. Segundo quadro postado na mensagem "Resultado das Assembleias 2015", dentro da área Fala Coordenador, do sítio eletrônico do Sind-justiça, a proposta deles teve 52 votos a favor, 25 contra e seis abstenções. Ora, eles próprios afirmaram que só havia 39 pessoas na reunião. Não é preciso ser nenhum gênio em aritimética para ver que a conta não bate. Isso pode até levar muitas pessoas a colocar em dúvida inclusive os demais resultados obtidos no restante do estado. Assim, sem dúvida, desestimula-se que mais gente participe de assembleias no futuro. Ao que tudo indica, isso é proposital: participação ativa e crítica é justamente o que os tiranos sindicais não querem.

(W.B. é técnico de atividade judiciária do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, sindicalizado ininterruptamente desde seu ingresso na carreira em 2008.)