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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Liberdade para Tom, preso pelo judiciário racista!
Contra as perseguições à FIST!

(Por: Frente Internacionalista dos Sem Teto*)

Adeilton Costa Lima, o Tom, artista plástico, negro, morador da ocupação Edith Stein, que foi filiada à FIST(Frente Internacionalista dos Sem-Teto), foi condenado injustamente a 11(onze) anos de prisão pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau, sob a falsa acusação de roubo. Posteriormente, esta condenação foi reformada pela Oitava Câmara Criminal, passando para 9 (nove anos). No último dia 19 de dezembro foi, finalmente, concedida a ele a progressão para o regime semiaberto.


Cabe registrar a “defesa“ equivocada da Defensoria Pública que indevidamente intrometeu-se nos autos, sem a devida procuração, e juntou documentos de fls. 61 a 70 que nada tinham a ver com o apenado, pois o mesmo tem advogado.


O juiz Itabaiana não ouviu  a única testemunha que acusou Tom em sede policial, quando  esta estava sob forte emoção, nem as três testemunhas de defesa, que não eram amigas do condenado e atestaram que, no dia e hora do crime, Tom encontrava-se numa ocupação da rua Santa Cristina, em Santa Teresa.


A única testemunha de acusação que foi fazer o reconhecimento de Tom em audiência atestou que o mesmo não era um dos criminosos, e mais: disse textualmente que TOM NUNCA ESTEVE NO ESTABELECIMENTO ONDE OCORREU O CRIME. Mesmo diante destas provas, Itabaiana, de forma vil e retaliatória, condenou o companheiro. Este juiz, além de tudo, tem um comportamento desrespeitoso para com advogados de militantes políticos, estando, inclusive, sendo processado pela OAB e pelo advogado do TOM, André de Paula, em virtude de ter mandado fazer escuta nos telefones de vários advogados que defendem ativistas de 2013, como é o caso do advogado do TOM, revivendo a velha prática da ditadura militar.


Tom é réu primário e foi preso pela primeira vez no período eleitoral, o que é ilegal. A fita da câmera de segurança do local do crime, que revela que Tom não participou do assalto, não foi periciada e desapareceu.


O juiz Itabaiana é velho conhecido da FIST por suas atitudes arbitrárias. No afã de condenar, condenar e condenar, cometeu mais uma injustiça gritante com essa sentença. É simplesmente aviltante o comportamento desse magistrado contra pobres, negros e lutadores sociais. Chegou este juiz ao ponto de colocar o advogado de Tom, André de Paula, para fora da sala pelo simples fato deste o ter suspeitado. Ressalte-se, ainda, que o “Tribunal de Exceção” contra Tom configurou-se, também, na demora da concessão da progressão da pena para o regime semiaberto, pois há muito tinha tal direito.


O “Tribunal de Exceção” tem sua continuidade configurada no recurso “engavetado” no STJ (PASMEM!), desde o dia 03/03/2016, concluso ao Ministro Nefi Cordeiro, da Sexta Turma, desde o dia 28/06/2016, que terá o privilégio de, finalmente, fazer JUSTIÇA, pondo fim a estas indecorosas, racistas, fascistas e absurdas condenações anteriores.



A condenação de Tom faz parte de uma onda geral de perseguição à FIST e a todos os movimentos sociais. Por lutarem contra a especulação imobiliária no Rio de Janeiro, vários moradores de ocupações da FIST já sofreram criminalização. O próprio advogado da FIST, André de Paula, está respondendo a vários processos por se recusar a aceitar as chicanas judiciais contra o nosso movimento e o povo pobre e de maioria negra.


O Estado brasileiro foi construído, primeiro, em cima da escravidão, depois, da repressão brutal ao povo negro. A justiça, como um dos pilares desse Estado, não é diferente. Os juízes no Brasil têm poderes quase ditatoriais e podem passar por cima do devido processo legal, como Itabaiana fez. Além disso, o sistema penal não oferece nenhum apoio para reabilitar os presos e reintegrá-los na sociedade, servindo como escola do crime e depósito para pobres, muitos já com as penas vencidas.



Como parte da nossa luta contra o sistema capitalista, devemos exigir que haja um controle popular maior sobre o Judiciário e diminuição do poder dos juízes. Também devemos exigir mudanças radicais no sistema penal, começando com o fim da Polícia Militar, que trata o povo como um inimigo a ser combatido, e medidas para diminuir a superlotação dos presídios com a implementação de presídios- fábrica, presídios agrícolas, presídios de capacitação profissional.



Pedimos o apoio de todos os movimentos sociais, sindicais e demais entidades democráticas para a campanha pela liberdade do Tom e contra as perseguições à FIST. Precisamos de moções nos sindicatos e movimentos, divulgação do caso, solidariedade material ao Tom e à sua família e apoio nas manifestações que vamos convocar em conjunto com quem apoiar mais esse preso do judiciário racista e antipopular!


* Texto de autoria da FIST (Frente Internacionalista dos Sem-Teto), recebido por correio eletrônico. Contatos com o grupo: fist17@gmail.com

Telefone: 21 996067119

domingo, 18 de dezembro de 2016

Transversus firme e forte: jornal chega ao número 28


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Mesmo no meio duma agitação danada contra os desmandos governamentais e as explorações do megaempresariado, a turma colaboradora do jornal político-cultural Transversus segue sem deixar a peteca cair. Mesmo gastando um tempão na militância sindical e comunitária, ainda se consegue manter essa importante publicação alternativa, feita exclusivamente com recursos da classe trabalhadora.  O tabloide chega a seu 28º número, cheio de vigor.
Há um interessante texto sobre o filme “Sacco e Vanzetti” (de 1971), que narra a história verídica de dois anarquistas italianos injustamente condenados à morte nos Estados Unidos da América. Transversus trata também da peça “Navalha na Carne”, cujo autor Plínio Marcos (1935-1999) foi censurado e preso pela ditadura empresarial-militar que dominou o Brasil entre 1964 e 1985.
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São abordados ainda pela publicação: a olimpíada 2016 ocorrida no Brasil e seu legado de opressão ao povo; discussão sobre diversidade sexual no âmbito das letras do Rock Brasil e da MPB; curso de Flamenguismo Histórico do Centro Cultural Otávio Brandão (no bairro de Maria da Graça, Rio); analise do romance “Dom Quixote”, do espanhol Miguel de Cervantes; teorias políticas de István Mészáros;  relato sobre lutas de professoras/es no México e muito mais.
Contatos: transversus.cs@gmail.com.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

NOTA DE REPÚDIO À DECISÃO UNILATERAL DO SINDJUSTIÇA EM SUSPENDER A GREVE SEM CONSULTAR A CATEGORIA

Os Serventuários da Justiça foram surpreendidos com a decisão unilateral do Sindjustiça, sem consulta às bases, em suspender a greve da categoria no dia 19 de dezembro, para um retorno após o recesso forense, dia 09 de janeiro. Numa postura antidemocrática, foi contrariado o Estatuto da entidade sindical que estabelece respeito às decisões de assembleia, que anteriormente decidiram pela continuidade da greve, devendo portanto ser revogadas por outra assembleia.
 
O alegado recesso forense para se suspender a greve, uma vez submetido à consulta da categoria, evitaria embaraços aos grevistas que em muitos casos sofrerão assédio por causa da escala de plantão de final de ano, além de ter provocado um recuo na greve de muitos servidores que resolveram voltar ao trabalho antes da data estipulada e, ainda, há aqueles que não pretendem voltar à greve pela forma autoritária de condução do movimento.

A decisão unilateral da direção sindical enfraquece a luta travada contra o pacote de maldades do Pezão, marcado para ser aprovado na ALERJ em 20 de dezembro, dia seguinte à suspensão da greve. A necessária unidade da categoria para enfrentar os ataques do governo e do Tribunal fica abalada por uma condução que não privilegia ouvir os grevistas, que se encontram desde o dia 26 de outubro com suas atividades paralisadas, correndo todos os riscos.