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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Quinta-feira 30/08/18 18h30min debate importante

O Centro Estadual dos Trabalhadores do Judiciário (CESTRAJU) convida você para o debate: por que você, servidor da Justiça, pode perder o seu emprego e a sua aposentadoria?

Muitos ao tomarem contato com essa pergunta vão achá-la fora da realidade. Ora, a estabilidade no emprego e a aposentadoria são direitos adquiridos, responderão. É isso mesmo? Hoje, entretanto, depois das contrarreformas realizadas (Reforma Trabalhista, Emenda Constitucional nº 95, aumento da contribuição previdenciária dos servidores) tudo no Brasil tem obedecido uma lógica servil ao capital financeiro: pagar a dívida pública interna e externa aos bancos. Entra também nesse contexto, a Reforma da Previdência III, que "está no forno"


Supervisionada pelo Banco Mundial e suas diretrizes (Documento nº 319), essa lógica perversa pode atingir um salto de qualidade com a implantação das Organizações Sociais (OSs), que vai arrebentar com a arrecadação do Rioprevidência e substituir definitivamente a mão de obra concursada pela força de trabalho precarizada. Não é a toa que já tem cartório com 10 pessoas em regime de trabalho voluntário, DE GRAÇA, como sugeriu o Documento nº 319 do Banco Mundial.
 
Diante da gravidade da situação, o Centro Estadual dos Trabalhadores do Judiciário (CESTRAJU, CNPJ nº 17352385/0001-59) conseguiu aprovar no último´Conselho dos Representantes Zonais do SINDJUSTIÇA/RJ a palestra com o companheiro Paulo Lindesay, Diretor da Associação dos Servidores do IBGE/Sindicato Nacional (ASSIBGE/SN) e Coordenador do Núcleo da Auditoria Cidadã da Dívida Pública/Rio de Janeiro, sobre este tema e como podemos resistir a esse processo. Compareça!

Dia 30 de agosto - quinta-feira - 18h30min - Travessa do Paço, 23/13º andar - Centro - SINDJUSTIÇA

Sexta-feira 31/08/18, 18h30min no Centro do Rio: Cerveja Solidária


Sexta-feira 31/08/18 às 18h30min no Sindipetro-RJ (Av. Passos, 34, Centro, Rio-RJ) você terá oportunidade de degustar uma ótima cerveja artesanal e ainda se solidarizar com a luta por uma Petrobrás pública e sob controle da classe trabalhadora. É que os grupos cervejeiros “Roça!”, “Ogrão de Malte” e “Cervejaria Barreto” se organizaram para preparar uma cerveja em solidariedade ao sindicato dos petroleiros!

É também um apoio à luta petroleira contra a privatização da Petrobras, que vem sendo feita há tempos e que está numa fase muito acelerada.
Toda a quantia arrecadada com a Cerveja Petroleira (tirando somente os custos de produção) será revertida para o Sindipetro.

Roca Rio

O evento contará com participação de grupos autogestionados que, sob apoio mútuo, estarão revertendo parte de suas arrecadações para o sindicato dos petroleiros.

Contaremos também com o lançamento do livro “Minha pátria é o mundo inteiro” de Alexandre Samis, integrando as atividades da noite no sindicato. Parte do dinheiro da venda do livro será também destinada ao Sindipetro.
Até lá!

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Bloco da Ceguinha 2018: Guerreiro Como Sempre


Às 18h dessa quarta-feira 7 de fevereiro, a banda já estava lá esquentado os tamborins para mais uma edição do Bloco da Ceguinha, um evento crítico-recreativo tradicional de iniciativa da categoria serventuária (servidora pública do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro). Mas o evento conta ainda com a participação de pessoas de diversos setores da classe trabalhadora. Trata-se também duma forma de resistência cultural de incentivo ao Carnaval de rua, respeitoso, democrático, acessível a todo mundo. Uma resistência avessa a qualquer forma de elitização dessa importante festa popular, que hoje (em muitos eventos) fica confinada em clubes granfinos e sambódromos com ingressos caros. Entendemos como negativa a realização de baile de Carnaval a portas fechadas: evento acrítico e meramente recreativo, isolado da rua e do povo.
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A atual direção do Sindjustiça (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do RJ) havia decretado o fim do Bloco da Ceguinha há alguns anos, incomodada pelo seu caráter iconoclasta, que expõe as mazelas do Poder Judiciário de maneira bem-humorada. Mas o bloco resiste sem dinheiro de nenhum partido político, patrão ou instituição governamental. Ele se autossustenta com recursos voluntários de quem opta por comprar a camisa do evento.
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Mais uma vez o bloco aconteceu de maneira harmônica, divertida, agregadora. Foram cantadas marchinhas históricas numa valorização desse importante patrimônio cultural do povo, sempre ameaçado pela indústria do entretenimento, que – em prol do lucro – tenta sempre impor seus lixos pseudo-culturais massificadores, que proliferam ostentação e consumismo.
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Neste Bloco da Ceguinha 2018 cantamos a plenos pulmões versos que nos dizem muito: “Valeu, Zumbi/ O grito forte dos Palmares/ Que correu terras, céus e mares/ Influenciando a Abolição”. “Foi no século passado/ No interior da Bahia/ O Homem revoltado com a sorte/ do mundo em que vivia/ Ocultou-se no sertão/ espalhando a rebeldia/ Se revoltando contra a lei/ Que a sociedade oferecia/ Os Jagunços lutaram/ Até o final/ Defendendo Canudos/ Naquela guerra fatal”.

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Nós, da classe trabalhadora, recusando bom-mocismos hipócritas e falsos moralismos, defendemos o Carnaval de rua, sim. Mas, bem diferente, este ano um burocrata sindical tentou desqualificar nosso evento escrevendo, por mídia eletrônica, que “no Bloco da Ceguinha só tem cachaceiro”. O burocrata em questão passou seis anos ininterruptos em licença sindical, após o que – “já que ninguém é de ferro” – emendou férias, depois foi presenteado pela administração do Tribunal de Justiça com uma lotação pra lá de privilegiada. Enquanto isso, muitos grevistas da paralisação de 2016-2017 amargam em péssimos locais de trabalho para os quais foram removidos como retaliação por terem participado do movimento paredista. O “moralista anticachaceiro” afirmou na época que as remoções não foram motivadas pela greve, concordando com o que dizia a Presidência do Tribunal de Justiça. O sujeito não está mais oficialmente na atual gestão do Sindjustiça, mas certamente continuará ligado à direção, afinal a burocracia sindical “é uma cachaça danada”.

Tem nada não. A gente continua na luta como sempre. Pois nosso bloco, além de cachaceiro, é também guerreiro.
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No Bloco da Ceguinha estiveram presentes trabalhadores terceirizados, estagiários, estudantes além de gente do corpo docente do Colégio Pedro II. Também marcou presença a turma da Cooperativa Comuna 76, que faz a cerveja Ogrão de Malte, uma cerveja artesanal de qualidade, livre de gourmetização. O grupo produz de maneira autônoma, autogestionária, sem exploração ou hierarquias. A filosofia é o autossustento de forma independente, sem exploração do trabalho alheio, assim como sem exploração animal ou ambiental. Tal coletivo cervejeiro acredita na capacidade popular de se autogerir e de possuir os frutos do seu trabalho de forma integral – inexistindo patrões. Dentro desse mesmo pensamento, já esteve junto ao bloco (em anos anteriores) o Coletivo Roça, com sua ótima cerveja Caetés, produzida no Timbau (Favela da Maré). Longe da nefasta lógica competitiva, propagada pela mídia e pelo patronato, os dois coletivos (Comuna 76 e Roça) trabalham em apoio mútuo. O que, aliás, é sempre uma alegria.

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A alegria será maior a cada ano. Em 2019 já fica até marcado: na quarta-feira anterior ao Carnaval mais uma edição do Bloco da Ceguinha no centro da cidade do Rio, que andam tentando transformar numa crivelândia. Mas o povo resiste sempre!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

BLOCO DA CEGUINHA – QUARTA 07/02/18, NO CENTRO DO RIO




O poeta, jornalista, escritor e compositor Manoel, o Audaz (falecido no dia 25 de dezembro último) será homenageado pelo Bloco da Ceguinha, neste carnaval. O serventuário aposentado compulsoriamente Manoel, o Audaz, era o compositor do bloco, assim como de outros.


Registre-se: o Bloco da Ceguinha, em um assassinato cultural praticado pela atual diretoria do Sindjustiça (sindicato dos servidores do judiciário estadual), foi extinto em 2012, mas ressuscitado, no ano seguinte por ativistas da categoria. Hoje para que se custeie o bloco, são vendidas camisas com uma charge bem crítica na frente e o enredo nas costas. Ninguém é obrigado a comprar a camisa para participar, diferente de alguns lamentáveis blocos elitizados da Bahia por exemplo.

Neste ano de 2018, a camiseta tem o desenho de Carlos Zurck Cruz (ex-colaborador do Pasquim), companheiro da nossa colega Solange Silva, retratando o poeta, e a letra da música “Um brinde a Manoel, o Audaz”, atrás. A música do bloco começa com a frase musical do poeta Audaz na sua impagável “Carnaval do Peru” (que ganharia fácil qualquer concurso na Fundição Progresso) e termina com a citação de outra composição do Manoel (“Aspirando a/à carreira) sacaneando o roqueiro Lobão, ícone “coxinha” que nosso poeta detestava. Também retrata muita coisa que é familiar à nossa categoria serventuária.

A música deste ano é a seguinte:

Um brinde a Manoel, o Audaz
(Alex Brasil)

Um brinde a Manoel, o Audaz
Poeta mais perspicaz
Rufem os tambores
Soprem fortes os metais
Que a poesia não se renderá jamais

E agora meu poeta quem diria?
Ganhou com apoio da nossa categoria
Um sindicato com auxílio-moradia
Até o PMDB na sua diretoria

É, meu poeta,
Muita gente trambiqueira
Copiando o Lobão
Aspirando a carreira

Toda a turma trabalhadora está convidadíssima, seja do Tribunal de Justiça ou de outras categorias do serviço público, de instituiçãoes privadas, da informalidade ou a estudantada. Somos camaradas de alegrias e de lutas. A gente se vê por lá.

Bloco da Ceguinha – quarta-feira 07/02/18, 18 h, em frente ao Restaurante Xodó do Paço (Travessa do Paço, 14, Centro, RJ, perto da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e ao lado do Restaurante Pilograma, nos fundos da Igreja São José).

Manuel Capa CD simples